Geral Pará
Infectologista da Poli Metropolitana esclarece sobre as diferenças entre gripe, covid-19 e dengue
Médicos explicam que doenças apresentam sintomas semelhantes, mas demandam cuidados diferenciados
08/02/2022 08h55
Por: Redação Fonte: Secom Pará
Foto: Reprodução/Secom Pará

Foto: Divulgação
O surto de influenza em todo o Brasil em meio à terceira onda da pandemia do covid-19 e ao período do ano em que a combinação de chuva com o calor aumentam a proliferação do Aedes aegypti - mosquito transmissor da dengue - provocam dúvida, já que as três doenças facilmente se confundem, e apresentam alguns sintomas semelhantes entre elas. Para ajudar a diferenciar uma gripe de uma infecção pelo novo coronavírus, ou de uma enfermidade transmitida pelo Aedes, o primeiro passo é detectar minuciosamente os sinais de cada doença; é o que indicam os especialistas.

A médica Lorena Martins, coordenadora do serviço de infectologia da Policlínica Metropolitana, em Belém, explica que a dengue é uma arbovirose, transmitida pela picada do mosquito. Já a influenza e a covid-19, são doenças virais, porém, de transmissão respiratória. “A dengue causa sintomas diversos que podem incluir febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações e rash cutâneo (vermelhidão no corpo). Já a influenza e covid são essencialmente sintomas respiratórios, como tosse, coriza, espirros, dor no tórax (dor no peito), dor de cabeça e febre”, elucidou.

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Vale lembrar que no início da pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que os infectados apresentavam sintomas como febre, tosse seca, cansaço e perda do paladar ou do olfato. Após o surgimento das variantes, os sintomas clássicos sofreram mudanças: coriza, espirros, dor de cabeça e na garganta passaram a ser comuns, e são características semelhantes à gripe sazonal.

A infectologista ressalta ainda que o tratamento para as três doenças é feito com hidratação, repouso e algumas medicações. “No caso da influenza, quando indicado pelo médico, pode ser feito uso do antiviral, o oseltamivir (tamiflu)”, acrescentou a médica. Lorena Martins explica que as enfermidades são diagnosticadas através de evidência clínica e confirmação laboratorial. “No caso da dengue pode ser feito pesquisa de antígeno NS1 ou sorologia IGM e IGG. Já a influenza e covid são identificadas por meio de swab nasal com teste de antígeno específico para cada uma delas”, observou a médica.

Em caso de aparecimento dos sintomas, o ideal é procurar um médico para ser orientado, medicado e afastado de seus ambientes de trabalho com respaldo. “A população deve ficar atenta aos sinais de gravidade. No caso da dengue, sangramentos, redução do volume urinário, alteração do nível de consciência. Já as doenças respiratórias, a falta de ar e a febre alta”, acrescentou a infectologista.

Afastamento

As três doenças implicam afastamento de 5 a 7 dias das atividades. “Quando diagnosticadas, requerem afastamento de suas atividades laborais de sete dias, mas houve, recentemente, a alteração para cinco dias na covid, nos casos leves. Porém, no geral, são dados 7 dias de afastamento”, enfatizou a especialista.

Cuidados

Para evitar o contato com essas doenças, a médica orienta algumas precauções. “Para a dengue, a população deve atentar para combater os criadouros dos mosquitos, dessa forma, evitar água parada para que não tenha procriação deles. Uso de repelente, mosquiteiros, uso de telas nas janelas também são recomendados neste período”, frisou Lorena Martins.

A coordenadora do serviço de infectologia da Poli Metropolitana também alerta para o não relaxamento das medidas de higiene e de segurança, mesmo com o avanço da vacinação. “Já para influenza e covid-19, os cuidados são os mesmos, como o uso de máscara, higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel e distanciamento social”, observou.

Atendimento 

A diretora da Policlínica Metropolitana, Liliam Gomes, destaca que a unidade do Governo do Pará tem a capacidade mensal de atender até 300 pacientes por mês nos serviços da infectologia. “Os pacientes desta especialidade contam com uma série de oferta de exames para o diagnóstico de doenças infecciosas e parasitárias que podem ser causadas por microrganismos. Porém, a Poli não é porta aberta. Uma vez que o paciente passa por uma unidade básica de saúde, e há necessidade de investigação mais específica causada por estas doenças, o usuário é encaminhado, através da regulação, à Poli”, detalhou.

Agendamento

O secretário de Saúde do Pará, Romulo Rodovalho, explica que os serviços de especialidades são exclusivamente referenciados pelas unidades de atenção básica em saúde, inseridas no Sistema Nacional de Regulação (SisReg). “A única marcação espontânea que há na unidade são os programas ‘Triagem Pós-Covid’ e ‘Pré-Operatório Rápido’. Estas são demandas são agendadas pelos canais de atendimento (WhatsApp e E-mail)”, frisou o titular da pasta.

No dia e horário agendado, paciente deverá comparecer à Policlínica com o comprovante de agendamento; documento de identificação com foto; comprovante de residência com CEP e Cartão Nacional SUS. O atendimento na Poli Metropolitana é com hora marcada, devendo o paciente comparecer apenas com 40 minutos de antecedência para cadastro e procedimentos necessários, conforme instruído no comprovante de agendamento emitido pelo sistema de regulação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sespa).

 Observe algumas orientações:

Como evitar a dengue?

Tampar os tonéis e caixas d'água; manter calhas sempre limpas; deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo; usar repelente; colocar telas nas janelas, usar mosquiteiros; limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia; tampar as lixeiras; manter os ralos limpos.

Como evitar a influenza e a covid?

Complete o ciclo vacinal, use máscara, lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel, mantenha distanciamento social, evite aglomerações, Cubra o nariz e a boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou espirrar, fique em casa se você sentir indisposição.

Fonte: Ministério da Saúde 

Texto:Roberta Paraense Ascom Policlínica Metropolitana

Por Luana Laboissiere (SECOM)