"É o que eu espero durante esses 3 anos e 3 meses", desabafa a mãe de uma das meninas que teriam sido abusadas pelo pastor Cosme da Silva Nobre. A dona de casa aguarda a condenação do religioso que abusou de filha dela e de pelo menos outras duas menores.
A decisão da justiça pode sair amanhã, quando Cosme assentará diante da autoridade que comandará a audiência no Fórum de Altamira.
O processo será presencial, como ordenado pelo juiz no documento assinado por responsáveis das supostas vítimas, acusação e defesa.
Cosme está preso desde o mês passado quando foi detido na casa em que mora no bairro Bonanza, em Altamira.
No mesmo bairro era onde o pastor celebrava cultos na igreja da qual era comandante. A prisão, cumprida em fevereiro, foi devido ao desrespeito à determinação da justiça que proibia que o religioso tivesse qualquer contato com as suspostas vítimas. Cosme também estava proibido de celebrar cultos.
As denúncias surgiram em 2019. Segundo as meninas que garantem ter sido abusadas sexualmente pelo pastor, Cosme Nobre se aproximava fas famílias, ganhava confiança e, com isso, ficava livre para celebrar "cultos" com as menores. Os abusos, segundo as investigações, ocorriam dentro da própria igreja que o religioso comandava.