Geral Pará
Rede privada busca experiência do Estado no atendimento a pessoas com autismo
Integrantes da Unimed conheceram o trabalho realizado pelo Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista, criado pelo Governo do Pará
29/06/2022 17h00
Por: Redação Fonte: Secom Pará
Foto: Reprodução/Secom Pará

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa), repassou na manhã desta quarta-feira (20) a representantes da cooperativa médica Unimed, no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, informações sobre as políticas e instalações oferecidas pelo Estado. A cooperativa busca conhecimento para implementar experiências bem sucedidas na rede de saúde privada, voltadas principalmente à população com transtorno do espectro autista.

A coordenadora da Cepa, Nayara Barbalho (de vestido azul), mostrou as instalações e o fluxo do trabalho realizado pelo Estado com pessoas com autismo - (Foto: José Pantoja / Ascom Sespa)
A equipe da Unimed conheceu de perto o Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), que funciona dentro do CIIR. A cooperativa pretende criar um núcleo semelhante para atender seus clientes. A equipe percorreu os espaços onde fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, pedagogos e outros profissionais atuam com os pacientes, e conheceu as instalações da Casa Funcional do Natea, as salas de atividades, a biblioteca e os consultórios, além de aprender os fluxos que possibilitam um trabalho de excelência dentro do núcleo.

Equipe da cooperativa de saúde durante a visita ao Natea: modelo de atendimento já é refereêcia - (Foto: José Pantoja / Ascom Sespa)
A visita foi monitorada pela coordenadora da Cepa, Nayara Barbalho, que ressaltou a importância de projetos implementados pelo governo do Estado se tornarem referência para a iniciativa privada. “É motivo de orgulho para nós, que iniciamos esse projeto baseado em evidências científica no SUS (Sistema Único de Saúde), ver nosso trabalho servir de modelo. Uma referência não só para o poder público de outros estados, mas também para operadoras de saúde privadas. Recebemos com muito prazer a equipe da Unimed, que pretender ter um projeto semelhante ao nosso. Para nós, é muito importante estabelecer essa parceria entre o serviço público e o privado, para que todos os cidadãos do Estado tenham atendimento de qualidade”, afirmou.
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Modelo- O trabalho realizado pela equipe da Cepa vem se consolidando como referência no atendimento a pessoas com o espectro do autismo. No último mês de abril, profissionais da Secretaria receberam representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco para apresentar as ações e serviços especializados para esse segmento oferecidos pela rede pública no Pará.

Advogada Flávia Marçal, da OAB Pará: momento ímpar - (Foto: José Pantoja / Ascom Sespa)
Acompanhando a equipe da cooperativa na visita, Flávia Marçal, advogada e vice-presidente da Comissão de Proteção dos Direitos das Pessoas Com Autismo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Pará), falou sobre o encontro entre o poder público e a iniciativa privada em prol de benefícios para pessoas com autismo. “É um momento ímpar, onde há esse trabalho conjunto para promoção de práticas baseadas em evidências e atendimento de qualidade para as pessoas com transtorno do espectro autista. Saliento desse encontro o destaque dado à estruturação de uma rede com profissionais capacitados, o debate sobre a inclusão de pessoas com deficiência em geral e a importância dada à estimulação precoce. São pontos essenciais para uma política universal de inclusão”, afirmou.

Experiência- Lucy Neder, coordenadora do futuro núcleo da Unimed voltado à população com autismo e responsável pelo Centro de Recuperação e Terapia da cooperativa, explicou os motivos de confiarem no conhecimento e na experiência da equipe da Sespa, e no trabalho realizado no Natea e no Centro de Inclusão e Reabilitação. “O CIIR e o Natea já são centros de referência nas atividades que oferecem. A visita de hoje foi muito importante para entender como o trabalho funciona, os fluxos e os cuidados que devemos ter antes de inaugurar nosso centro. Destaco a forma que o trabalho foi implementado, recebendo pacientes de acordo com avaliação regular da capacidade de atendimento”, disse a coordenadora.

Integrante da equipe da Unimed, a terapeuta ocupacional Thamires Vasconcelos ressaltou o trabalho realizado com esse segmento social. “A visita de hoje foi uma excelente experiência para nos aproximar das iniciativas públicas, porque sabemos que existe uma grande demanda reprimida de atendimento de pessoas com autismo na rede pública e na rede privada. Buscamos aqui as estratégias que deram certo para replicar com nosso público”, informou.

Texto: Edilson Teixeira – Ascom/Sespa

Por Governo do Pará (SECOM)