Um caso de suposta transferência de título de eleitor está sendo apurada pela polícia, em Brasil Novo, sudoeste do Pará. Com um boletim de ocorrências nas mãos, Paulo Roberto Reis dos Santos afirma que foi impedido de votas no primeiro turno das eleições porque teve o título transferido para São Paulo, sem a sua autorização.
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De acordo com a denúncia relatada à Polícia Civil, em Brasil Novo, no dia 02 de outubro, às 09h da manhã, Paulo Roberto seria eleitor de São Paulo, capital e como o título agora é de uma seção eleitoral de lá, ele não pode votar na cidade onde está morando agora.
"Essa aqui é uma roça de cacau, eu moro no estado do Pará, exatamente perto de Altamira, no dia da eleição eu fui votar na minha urna aqui onde eu moro, só que quando eu cheguei lá não tinha papael nenhum, entendeu, meu lá. Ai eu fui no cartório eleitoral pra saber o que tinha acontecido, cheguei lá e descobri que meu título foi transferido para São Paulo" declarou.
Nós tentamos uma consulta junto à Justiça Eleitoral, para saber o que pode ter acontecido. A transferência teria sido feita pela internet, e o pedido foi feito diretamente em São Paulo. Para um processo como esse é preciso comprovar residência, escanear o documento de identificação e o comprovante de residência, e enviar essas informações diretamente para o TSE, através do site do tribunal.
Paulo Roberto afirma que não fez essa transferência, e disse no boletim de ocorrências, que há 12 anos veio embora de São Paulo, e nunca mais voltou. Nós entramos em contato com a justiça eleitoral no Pará, responsável pela 18ª Zona Eleitoral, que compreende os municípios de Altamira, Brasil Novo e Vitória do Xingu, e recebemos a informação que o caso está sendo apurado, e que somente após o resultado da análise do processo, é que a justiça eleitoral vai se pronunciar.
Entre as informações que estão sendo checadas para se atestar a transferência do título do eleitor que hoje mora em Brasil Novo, estão a data de pedido da transferência; em quantos pleitos o título foi utilizado nesse período; se o título foi realmente utilizado no 1º turno. A justiça eleitoral não deu prazo para a conclusão da investigação. Enquanto isso, Paulo Roberto segue em Brasil Novo à espera de uma resposta.
"Agora eu tô sem saber o que aconteceu, e agora, como fica?" reclamou Paulo Roberto, com o boletim de ocorrências nas mãos.