A Polícia Militar do Pará prendeu neste domingo (18), em Moju, nordeste do estado, Elinelson Ferreira, vulgo “Pinga”, considerado pelas autoridades como um dos maiores assaltantes a banco e carro-forte do país. Ele teria participado do roubo em Araçatuba (SP), em 2021, que resultou na explosão de 3 bancos, e já estava sendo procurado há anos.
O suspeito está sendo conduzido para a Divisão de Repressão ao Crime Organizado do Pará. Ele é apontado como integrante da quadrilha formada por cerca de 30 homens que atacou três agências bancárias, em Araçatuba, no final de agosto de 2021. Em duas delas, os bandidos conseguiram levar dinheiro; a terceira teve apenas os vidros atingidos por tiros; o valor não foi informado.
“A troca de informações entre a Polícia Militar do Pará e outros órgãos de inteligência da PM do Distrito Federal e da Polícia Federal de São Paulo culminou na prisão do ‘Pinga’. Ele tem envolvimento em vários assaltos a bancos. Foi dado cumprimento ao mandado de prisão da Justiça de São Paulo”, disse o comandante-geral da PM do Pará, coronel Dilson Júnior.
O foragido da justiça paulista foi abordado na cidade de Moju por agentes do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV/CPE), Grupamento Tático Operacional (GTO/CPR IX) e Batalhão de Operações Especiais (Bope/CME), que já tinham informações, desde a última sexta-feira (16), de um possível deslocamento de Elinelson entre os municípios de Belém e Jacundá, na região Sudeste. Ainda de acordo com a Polícia Civil do Pará, o acusado apresentou documentação falsa, e na hora da prisão estava acompanhado de um casal.
O suspeito foi conduzido para a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), em Belém, e posteriormente será encaminhado à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), onde ficará à disposição da Justiça. O casal também foi levado à Divisão de Repressão.
Criminosos usaram carrinho de supermercado para transportar explosivos usados em mega-assalto a bancos em Araçatuba (SP) — Foto: Reprodução/TV Globo
No crime, veículos foram incendiados para fechar vias e atrapalhar a chegada da polícia. Criminosos fizeram moradores e motoristas reféns, sendo que algumas das vítimas foram feitas de “escudo humano”; grupo também usou drone para monitorar a chegada da polícia.
Três pessoas morreram na cidade, entre elas, um criminoso; outras cinco ficaram feridas, incluindo o jovem que teve os pés amputados. A quadrilha espalhou diversos explosivos por ruas da cidade: 98 bombas foram desativadas. Os explosivos deixados por criminosos tinham sensores para ativar explosões; outros eram acionados a distância (mensagem ou ligação).
Fonte: G1 Pará