O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), disse, na noite deste domingo (8/1), que já identificou os responsáveis por financiarem os atos terroristas em Brasília. Segundo o chefe da pasta, além das prisões em flagrante realizadas, foram detectados quantos ônibus chegaram à capital, quem está bancando as ações antidemocráticas e mais detenções serão realizadas nas próximas horas. “Não conseguirão destruir a democracia brasileira”, enfatizou.
“Quase 200 pessoas foram presas e mais prisões em flagrante acontecerão. Nós não temos o balanço final sobre prisões em flagrante porque continuaram a ser feitas. 40 ônibus foram apreendidos; identificamos os financiadores de tais ônibus. Temos alguns atos com novos pedidos de prisão em face da gravidade”, afirmou.
“Quase 200 pessoas foram presas e mais prisões em flagrante acontecerão. Nós não temos o balanço final sobre prisões em flagrante porque continuaram a ser feitas. 40 ônibus foram apreendidos; identificamos os financiadores de tais ônibus. Temos alguns atos com novos pedidos de prisão em face da gravidade”, afirmou.
Dino também apontou a responsabilidade do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), diante do caso. Ele relatou que questionou o chefe do Executivo local antes dos atos violentos e que teria sido informado de que a situação estaria “sob controle”.
“Tivemos reuniões bilaterais em que o GDF afirmou que a preparação naquilo que lhe cabe estava adequada. Não obstante este entendimento, nós tivemos uma mudança de orientação administrativa ontem de que o planejamento para a entrada de pessoas na Esplanada foi alterado de última hora”, disse.
“Ainda assim, havia por parte do GDF, [a afirmação] de que a situação estaria sob controle. Ibaneis ao efetuar um pedido de desculpas públicas está reconhecendo que algo deu errado nesse planejamento”, apontou.
Na tarde deste domingo, os bolsonaristas, inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, voltaram a aterrorizar Brasília. Em uma sequência de atos violentos, os golpistas invadiram e depredaram os prédios dos três poderes em Brasília: Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF). Acampados na capital desde o resultado das eleições, o movimento aumentou hoje com a chegada de dezenas de ônibus oriundos de outros estados.
Diante do caso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na segurança pública até 31 de janeiro para recuperar a estabilidade da cidade. Dino destacou o cargo de interventor Ricardo Garcia Cappelli, secretário-executivo do órgão. “Não conseguirão destruir a democracia brasileira. É preciso dizer isso cabalmente com toda firmeza e convicção”, enfatizou. “Não vamos aceitar o caminho do criminoso. Criminoso é tratado como criminoso”, disse. (Com informações do Correio Brazilense)