Durante entrevista coletiva sobre a Operação Byakugan 2, na tarde desta quarta-feira (01), a Polícia Federal informou que os conteúdos de pornografia infantil encontrados no celular e no pen drive do suspeito, que não teve o nome divulgado, não há a confirmação de que sejam de crianças da região do Xingu.
“As crianças que aparecem nas imagens não têm, a priori, como confirmar que são da região. Até por uma questão de linguagem, podem ser até de fora do país”, contou em entrevista o delegado Cledson da Silva, da Polícia Federal.
A segunda fase da operação foi deflagrada na manhã desta quarta (01), no município de Brasil Novo, sudoeste do Pará. Na abordagem, o suspeito ainda confessou que o material pertencia a ele. Ainda segundo o Delegado, as vítimas das cenas são crianças.
“Nós identificamos pelo menos 50 vítimas naquelas imagens, que tem entre 5 e 7 anos de idade”
, disse o policial.
A ação busca evitar que usuários partam da visualização de imagens para efetiva prática sexual com crianças e adolescentes, além de localizar arquivos digitais compartilhados na rede que configuram o crime de abuso sexual infantil.
Segundo a Polícia Federal, com as informações coletadas no cumprimento do mandado, as investigações continuam, na tentativa de identificar os demais envolvidos no crime e possíveis produtores. O crime investigado, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, pode alcançar quatro anos de reclusão e multa, além do eventual delito de organização criminosa.
O nome da operação se refere a um desenho animado e significa "olho branco que tudo vê"
, fazendo referência à falsa sensação de anonimato das pessoas quando se conectam à internet.
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