A Polícia Federal, na manhã do último sábado (4), inutilizou duas máquinas usadas para extrair ouro dentro de uma área da União, na fronteira entre os municípios de Altamira e Senador José Porfírio, sudoeste do Pará. A ação ocorreu em conjunto com o Ibama para combater a extração ilegal de ouro na região chamada de “Garimpo Itatá” às margens das terras indígenas Ituna-Itatá e Arara, na Volta Grande do Xingu. Durante a operação, ninguém foi preso.
De acordo com a Polícia Federal, uma escavadeira hidráulica e um motor estacionário, utilizados em atividades contra o meio ambiente foram inutilizados. A medida administrativa visa impedir a reutilização de equipamentos no garimpo ilegal, já que não seria possível a retirada em segurança. A PF informou ainda que os responsáveis pelas máquinas haviam fugido antes da chegada das equipes até a área.
A PF explicou que recursos minerais, inclusive os do subsolo, são bens da União, e que a exploração precisaria seguir as leis e ter autorização do órgão ambiental competente, uma vez que a exploração desordenada pode provocar graves danos ambientais.
A região conhecida por Garimpo Itatá, que fica localizada a poucos quilômetros de terras indígenas, recebe historicamente exploração de minério de ouro. De acordo com as imagens obtidas entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, a Polícia Federal identificou pontos que sugerem atividade garimpeira sem observação da legislação vigente. Equipes da PF e do Ibama se deslocaram ao local em dois helicópteros para fazer a checagem na área e identificar pontos de extração ilegal de ouro.
A operação é resultado de um inquérito que continua em andamento, para identificar os responsáveis pelo crime ambiental. Os envolvidos podem responder criminalmente por garimpo ilegal, por executarem pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença. Além disso, podem também ser responsabilizados por crime contra o patrimônio da União, na modalidade de usurpação, informou a Polícia Federal.