A prisão aconteceu durante a Operação Boi Dourado, deflagrada nesta quarta-feira (08), em duas cidades do Pará e Goiânia, para combater o garimpo ilegal de ouro e crimes ambientais.
Segundo as investigações, a extração ilegal de ouro estava sendo realizada dentro da área da fazenda, que fica na cidade de Curionópolis, no Pará. Além do crime ambiental, a lavra foi instalada próximo a linha de transmissão Xingu-Rio, considerada a maior do mundo, e responsável por levar energia gerada em Belo Monte a cerca de 20 milhões de pessoas na região Sudeste do país.
Na operação foram cumpridos um mandado de prisão preventiva contra o fazendeiro paraense, além de nove mandados de busca e apreensão em Curionópolis, Marabá, e Goiânia. Segundo a PF, ainda estão sendo cumpridos, com decisão judicial, o sequestro de bens e valores na ordem de R$161 milhões e a inalienabilidade da fazenda, avaliada em R$200 milhões de reais. A perícia policial realizada durante a operação deve estimar de forma mais precisa sobre o dano ambiental, que inclui a poluição do rio Sereno, afluente do rio Tocantins, e responsável pelo abastecimento de várias cidades.
A atividade ilegal gerou um prejuízo de R$20 bilhões de reais ao meio ambiente e segundo a polícia, poderia comprometer a integridade das torres de energia. O pecuarista, que não teve o nome revelado, não tinha autorização da Agência Nacional de Mineração para a exploração de ouro.
Durante as investigações as polícia encontrou fortes indícios da participação de intermediários na venda do ouro extraído ilegalmente, e que o fazendeiro buscou apagar evidências dos crimes ambientais, o que embasou o pedido de prisão. Até o momento, foram apreendidas duas espingardas, uma pequena quantidade de ouro e um aparelho celular. Em setembro de 2022 foi deflagrada a primeira fase da operação, denominada Saturnus, ocasião em que foi cumprido mandado de busca e apreensão na fazenda e inutilização de três pás carregadeiras.
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