Durante operação contra o garimpo e a exploração ilegal de madeira no Xingu, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Polícia Federal (PF) apreenderam madeira em madeireiras de Senador José Porfírio, sudoeste do Pará, nesta quarta-feira (26).
A polícia chegou até a região após investigar denúncias da atuação de madeireiras ilegais no município. Segundo foi apurado pela PF, a madeira beneficiada nas madeireiras não tinham certificação de origem, e podem ser resultado de exploração ilegal em terras indígenas, em especial, a Trincheira Bacajá, uma área de mais de 1 milhão e 600 mil hectares. Uma floresta nativa protegida e demarcada desde 1993, que tem pouco mais de 840 mil hectares no município de Souzel.
Após confirmada a informação, a Polícia Federal, com apoio do Ibama, deflagrou a Operação "Lignum". Uma aeronave sobrevoou a região e identificou os pátios onde havia toras e madeira já beneficiada. Os alvos suspeitos foram vistoriados e toda a madeira sem certificação apreendida.
A madeira encontrada nos pátios ainda em tora são consideradas nobres, de alto valor monetário e atraentes tanto para o mercado interno, quanto para exportação. 500 m³ foram apreendidos, e as madeireiras autuadas. Os donos dessas empresas não foram localizados, e conforme a polícia, ninguém foi preso durante a operação.
Avaliada em mais de meio milhão de reais, toda a madeira apreendida foi doada. As toras foram destinadas às secretarias de meio ambiente da região, para construção e manutenção de pontes nas estradas vicinais. Já a madeira beneficiada, foi doada para a Adepará. A Operação "Lignum" foi deflagrada no escopo das ações de proteção à TI Trincheira Bacajá, o nome quer dizer madeira em latim.