O principal suspeito pela morte de uma jovem em Moraes Almeida, distrito de Itaituba, sudoeste do Pará, foi preso nesta quarta-feira (31). A detenção de Mauro Pinto de Lima, de 44 anos, foi marcada por protesto. Revoltados com o crime bárbaro, moradores do Distrito foram para a frente da delegacia aos gritos. "Esse aí é o cov*rde que matou ela, esse cov*rde psicop*ta!", narra uma mulher em vídeo.
"Tu vai pagar, tu vai pagar é caro viu? Maní*co, mo*stro, seu mo*stro.", completou.
O corpo de Raielly Dantas, de 25 anos, foi encontrado com sinais de violência sexual na manhã desta quarta-feira (31), em uma residência no garimpo Cuiú-Cuiú. A vítima estava com vários sinais de agressões, sendo achada no chão do quarto ao lado de uma cama.
Parentes e amigos de Raielly disseram à polícia que a jovem, que vivia em Moraes Almeida, estava desaparecida desde o dia 28 de maio, quando teria supostamente saído de casa e não foi mais vista. Familiares e amigos relataram à polícia que a jovem mantinha um relacionamento com o suspeito, e mesmo desaparecida, ele continuou vivendo na residência e mantendo sua rotina de trabalho.
"É um caso de feminicídio, ele é o autor do crime. Ele ficou três dias na corrutela agindo normalmente, ele estava comendo, estava bebendo, agindo naturalmente como se nada tivesse acontecido, enquanto o corpo da minha prima estava lá, apodrecendo.", desabafa um familiar de Raielly.
Após três dias com o corpo em casa, Mauro não conseguiu mais impedir que o mau-cheiro atraísse a atenção de curiosos. Com o crime descoberto ele foi preso, e a população foi para a porta da delegacia.
"Uma mulher que era filha, era mãe, ela era uma pessoa muito amiga. Estou aqui (...) querendo justiça por ela, porque ela não merecia morrer brutalmente desse jeito.", conta uma testemunha presente na delegacia.
Suspeito de estupro, feminicídio e ocultação de cadáver, por questões de segurança, Mauro Pinto de Lima foi transferido para uma cela em Itaituba, onde ficará à disposição da Justiça. Se denunciado pelos crimes ele pode pegar uma pena superior a 20 anos de reclusão.