Luciano Francisco Ferreira, de 40 anos, era natural de Vila Velha no Espírito Santo, formado em direito, o agente da Polícia Civil começou a atuar na instituição como escrivão ao se mudar para Altamira, no sudoeste do Pará, com a esposa.
Luciano chegou a atuar como advogado antes mesmo de entrar para a Polícia Civil, prestou concurso, passou e se tornou delegado na Delegacia de Homicídios do município, mas acabou transferido para a Delegacia de Conflitos Agrários (DECA), no qual era titular.
O agente da segurança pública atuava na pasta há cerca de 6 meses e atualmente estava à frente da Operação "Curupira" em Uruará, sudoeste paraense, uma parceria entre Governo do Estado e Polícia Civil que combate garimpos ilegais, extração ilegal de minerais e desmatamento.
Casado com uma escrivã que também é lotada em Altamira, o delegado tinha um filho com ela. Os dois estavam juntos há cerca de 10 anos e iriam fazer aniversário de casamento.
Durante a passagem na Superintendência Regional do Xingu, participou de grandes operações na Delegacia de Conflitos Agrários. Os colegas decretaram luto pelo delegado que atuava na Polícia Civil há cerca de 5 anos.
A morte de Luciano Ferreira foi confirmada pela família nesta terça-feira (4). O agente havia sido transferido para o Hospital Regional Público da Transamazônica em Altamira, no final da tarde desta segunda-feira (3).
O delegado passou por cirurgia e precisou retirar um pedaço do intestino, segundo informações de um familiar. O estado de saúde de Luciano foi considerado estável, mas ele não resistiu após parada cardiorrespiratória.
Luciano Ferreira foi atingido por dois disparos de arma de fogo na madrugada de segunda-feira (3) enquanto atendia a uma ocorrência no município de Uruará. Durante uma troca de tiros entre a polícia e suspeitos, mais duas pessoas foram atingidas.
Um dos homens apontado como envolvido na troca de tiros morreu ainda no local, o segundo foi encaminhado para o hospital do município e morreu na manhã desta terça-feira (4). A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as mortes.