Indígena suspeita de matar o marido queimado em Vitória do Xingu é presa em Ananindeua

A Superintendência Regional do Xingu, juntamente com a Delegacia de Vitória do Xingu e o apoio da Unidade Integrada Propaz Icuí-Guajará, realizaram nesta tarde o cumprimento de um mandado de prisão temporária. A medida foi expedida pela comarca de Vitória do Xingu e visa a detenção de Anay Juruna Jacinto da Silva. Ela é acusada de homicídio qualificado por motivo fútil, em relação ao crime cometido contra seu companheiro, Joarlison da Costa Pantoja. A suspeita foi presa em Ananindeua, região metropolitana de Belém.

O crime aconteceu no 16 de julho quando a suspeita teria ateado fogo no companheiro e na residência, localizada na aldeia Muratu, no município de Vitória do Xingu, sudoeste do Pará. O incidente resultou não somente na morte de Joarlison da Costa Pantoja, mas também causou lesões à própria Anay Juruna Jacinto da Silva, devido ao incêndio.

Através de aplicativo de mensagens o cacique da Aldeia Muratu, entrou em contato com nossa equipe de reportagem através de aplicativo de mensagens. Em um áudio o cacique afirmou que a morte do indígena, Joarlison da Costa Pantoja teria sido um acidente, o cacique afirmou “nesse dia que aconteceu isso, ele estava batendo nela, ela mandou ele ir embora, mas ele disse que ia, porém que iria quebrar tudo em casa, ele pegou um galão de gasolina para colocar na moto, e os dois começaram a brigar com essa gasolina, derramaram essa gasolina neles, e nesse agarra, agarra, ela mordeu ele. Em seguida ela tentou esquentar uma comida, foi quando ela sentiu a gasolina passar por ela, e como ele estava melado de gasolina, o fogo pegou nele e ainda queimou ela”, afirmou cacique

O Serviço Policial de Controle de Crimes Violentos - HMUE, informou que prestou apoio ao cumprimento ao mandado de prisão temporária. Anay Juruna segue internada no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência.

O mandado foi efetivamente cumprido na última sexta-feira (11), e a custódia da detida já foi repassada ao Sistema Penitenciário do Estado (SEAP), seguindo os procedimentos legais.