Um crime brutal ocorrido no dia 22 de maio e que chocou a população de Parauapebas, no sudeste do Estado, finalmente começa a ser desvendado. A vítima, identificada na manhã desta segunda-feira (7) como Ezequiel de Jesus Soares Brilhante, de 24 anos, teve o peito aberto a faca e o coração arrancado por três homens. O crime foi filmado pelos próprios autores, que estão foragidos.
A execução, conduzida com requintes de perversidade, teve como autores Felipe Pacheco, Carlos Emoji e Gabriel Lourinho. Nas imagens, eles aparecem abrindo o peito de Ezequiel à faca e retirando o coração da vítima em uma macabra demonstração de selvageria. E ainda não satisfeitos, fatiaram o orgão.
Ezequiel trabalhava como padeiro, era natural de Tucuruí e morava no bairro da Paz. Seu corpo foi encontrado por um pescador em uma área de mata localizada no final da rua 3, do Residencial Vila Nova, dentro de um terreno conhecido como área do Gabriel. O cadáver apresentava cortes no pescoço e tinha o abdômen aberto com as vísceras expostas. As mãos e pés estavam amarrados. Sem pistas, a polícia abriu uma investigação que pudesse esclarecer o crime bárbaro.
No último dia 4, durante uma abordagem de rotina, policiais apreenderam um adolescente de 16 anos e, no celular dele, encontraram imagens do crime. O garoto confessou ter conhecimento do caso e apontou os nomes dos assassinos. Também indicou o o local onde o corpo estava enterrado.
Mas o que parecia o desfecho de uma história macabra ainda revelaria detalhes ainda mais chocantes. No dia seguinte (5 de junho), os policiais militares e bombeiros foram até o local indicado pelo adolescente - um matagal no final da rua 2, no bairro Vila Nova - e localizaram um corpo enterrado em uma cova rasa, já em avançado estado de decomposição.
Coincidentemente, o cadáver trazia as mãos e os pés amarrados. Porém não havia o corte no peito como mostrado no vídeo, indicando que não se tratava do mesmo crime e nem da mesma pessoa filmada pelos executores. O Instituto Médico Legal identificou a vítima como Célio Kayke Ferreira da Silva, de 18 anos.
Todos os indícios levam a crer que os três homens apontados pelo adolescente são os autores dos dois homicídios, suspeita reforçada pelo fato de que em ambos os crime foi usado o mesmo modo de imobilização das vítimas. Agentes da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde os dois casos estão sendo investigados, tentam agora localizar e prender os três fugitivos para esclarecer as mortes.
O Liberal
Com informações do portal Ver-o-Fato