A delegada Raíssa Beleboni, da Delegacia Especializada de Homicídios de Santarém, oeste de Pará, falou, durante uma coletiva na 16ª Seccional Urbana, na manhã desta quinta-feira (9), sobre a dinâmica do crime de homicídio que teve como vítima Adriel Rodrigues Correa, conhecido por ‘Rex’, no bairro Elcione Baralho.
Sobre o caso do produtor musical Cazuza, que foi baleado e morto após uma tentativa de assalto, no Clube Panterão, a polícia investigava se morte dele tinha alguma conexão com a morte de Adriel. Mas após os depoimentos dos suspeitos, a linha de investigação sobre os homicídios mudou.
"No primeiro momento, havia essa suspeita de conexão, pois todos os suspeitos estavam no show, onde ocorreu a morte do produtor. Por isso, havia essa linha de investigação", contou a delegada.
Ainda conforme a delegada, após uma série de investigações para identificar os autores desses crimes, chegaram aos nomes dos irmão Andreo e Alisson, que é conhecido como Alex.
"Depois do conhecimento na manhã de segunda-feira que havia uma ocorrência de homicídio no bairro Elcione, nesse primeiro dia de investigação, foram identificadas algumas testemunhas e também houve apreensão de armas de fogo caseiras. Todas foram ouvidas e liberadas, tendo em vista, que nós já tínhamos a identificação dos suspeitos. Continuamos as diligências até apresentação deles. Os dois se apresentaram e foram ouvidos ontem", explicou a delegada.
A delegada explicou ainda que um dos irmãos, o Andreo, confessou autoria da ação criminosa que teve como vítima o jovem Adriel Rodrigues Corrêa, e que efetuou todos os disparos sozinho, usando duas armas. Ele também confessou ser dono de todo armamento e material apreendido na casa da família.
"Já o Alisson, conhecido como Alex, informou que não participou do crime e que apenas seguiu para o local, pois achava que o seu irmão que estava sendo a vítima, quando na verdade, ele que era o executor. A intenção dele era proteger o irmão", ressaltou.
A delegada ressaltou que os próximos passos são para confirmar se as informações dos depoimentos batem com a realidade.
"Para o Andreo, ele fez coisa certa, pois na fala dele, ele destaca que 'tirou um vagabundo de circulação'. Mas não bem assim, todo e qualquer crime é punível pela lei", finalizou a delegada Raíssa Beleboni.