“Seria pior se ele estivesse solto, vivendo a vida dele e a minha irmã embaixo da terra.”
O desabafo feito pela irmã da vítima, Maria Cleinilde Paixão dos Santos, resume o sentimento de toda a família, que com apoio dos moradores da comunidade, se manifestaram na manhã desta segunda-feira (20). Com faixas e cartazes nas mãos, as mulheres da Comunidade do 80, na Agrovila Tiradentes, área rural de Medicilândia, se mobilizaram, e pediram por justiça pela morte de Clenilda Maria da Silva, assassinada com dois tiros.
O ato em memória da vítima aconteceu uma semana após o crime e a prisão do suspeito, Cleidiano Pereira César, com quem ela teria um relacionamento extraconjugal há cinco anos. Casado, Cleidiano vinha ameaçando a vítima, para impedir que ela contasse para sua esposa que os dois mantinham esse relacionamento.
No dia em que Clenilda desapareceu, sexta-feira (10), ela contou aos familiares que iria se encontrar com Cleidiano. Dois dias depois, o corpo dela foi encontrado em uma lavoura de cacau, com um tiro na cabeça e outro no tórax. Após a confirmação da morte, dezenas de pessoas foram até o local, e acompanharam o trabalho da perícia.
A polícia ouviu familiares e localizou Cleidiano, no último domingo (12), ele está preso no Complexo Penitenciário em Vitória do Xingu, por feminicídio. A prisão do suspeito trouxe mais tranquilidade à família e amigos de Clenilda.
Junto aos moradores da comunidade, a vereadora Valdilene Carvalho Lambert, destacou a crescente onda de assassinatos de mulehres no país. “Nós sabemos que no Brasil os índices de feminicídio vêm aumentando.” “Nada justifica um ato tão cruel desse. Infelizmente hoje nós tivemos uma vítima, uma mulher do nosso município de Medicilândia, onde teve uma morte cruel, e esperamos que seja feito justiça."
Maria Cleinilde Paixão dos Santos, irmã de Clenilda, se diz revoltada, mas tranquila após a prisão do suspeito. “No momento, com ele preso é um alívio. O sentimento de tristeza toma conta, que já é uma semana inteira que a gente sofre, que é muito doído, entende? É uma dor que por mais que a gente tente, não consegue controlar.”
Fonte: https://www.confirmanoticia.com.br/
Colaboração Wenderson Corrêa
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