Os corpos foram encontrados na última terça-feira (28), na localidade do Ituna-Itatá entre os municípios de Altamira e Senador José Porfírio, região sudoeste paraense. Eles estavam em estado avançado de decomposição. Um deles foi encontrado no oco de uma castanheira. Segundo testemunhas, seriam de dois homens que viviam na localidade do Ituna-Itatá.
O 9º Grupamento de Bombeiro Militar foi acionado. Os militares precisaram pernoitar na mata para encontrar as vítimas. Só o resultado da necropsia irá apontar as causas das mortes, que até agora, seguem em mistério. Viaturas da Polícia Civil e da Polícia Científica do estado Pará foram vistas na balsa que faz a travessia do rio Xingu logo após o trabalho da perícia.
Nessa área acontece uma operação de desintrusão. Ibama, Força Nacional, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Fundação Nacional dos Povos Indígenas retiram ocupantes. A retirada de não-indígenas é objeto de Ação Civil Pública determinando à União o combate ao avanço do desmatamento na Ituna-Itatá interditada desde 2011.
Um estudo teria comprovado a existência de indígenas isolados. Na contrapartida, há moradores que seguem no local alegando não ter para onde ir. Testemunhas que preferiram não gravar entrevista alegaram que os dois homens encontrados mortos resistiam na terra citada como indígena pela FUNAI.
Raimundo e Adalberto criavam gado e tinham plantação de cacau. Os dois tinham o costume de passar muitos dias na área, só depois de algum tempo, familiares sentiram falta e acionaram a polícia. O Confirma Notícia acionou a Polícia Civil do Estado do Pará, que por meio de nota informou que iria checar a ocorrência, até o fechamento desta reportagem a Polícia Civil não se pronunciou mais sobre o assunto.