PACAJÁ ACUSADO ESTÁ PRESO
MP pede indiciamento de jovem que confessou estupro e homicídio de adolescente em Pacajá
Irailton Pereira da Silva pode pegar até 30 anos de reclusão se for condenado
16/01/2024 15h09
Por: Redação Fonte: Brasil Novo em Foco, com Confirma Notícia

Preso desde o dia 10 de novembro de 2023, Irailton Pereira da Silva, segue no presídio em Tucuruí, sudeste do Pará, acusado pelo estupro e homicídio da adolescente Gabriela Lopes de Andrade, de 16 anos, em Pacajá, sudoeste.

A pedido da Promotora de Justiça Aline Cunha, titular do Ministério Público em Novo Repartimento, sudeste paraense, que responde por Pacajá, o MP ofereceu denúncia contra Irailton no último dia 11 de janeiro, e pediu o indiciamento do jovem pelo crime considerado bárbaro.

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Vizinho da vítima, Irailton trabalhava como vendedor de picolé na cidade de Pacajá, e frequentava a mesma igreja que a adolescente e sua família. Após a prisão de dois suspeitos, flagrados com o celular da vítima, ele procurou a polícia e confessou o crime. Em seu depoimento, o jovem contou conhecer a rotina de Gabriela, e que naquele dia, ele tinha certeza que ela estava sozinha em casa. 

Entenda o caso

Morta na noite do dia 11 de setembro de 2023, a adolescente Gabriela Lopes estava sozinha em casa. Naquela noite a irmã mais velha havia ido dormir na casa do namorado, e o pai estava na área rural, onde trabalhava em uma propriedade. No dia seguinte, a jovem completaria 17 anos.

Segundo o depoimento, Irailton morava a menos de 100 metros da casa, e perto da meia-noite, invadiu o imóvel pela janela. O corpo de Gabriela foi encontrado pela irmã, no dia seguinte ao crime, a vítima estava com marcas de estrangulamento, e vários hematomas pelo corpo com sinais de defesa, levando a crer que a adolescente lutou com o invasor.

O crime bárbaro provocou comoção na cidade. Poucos dias após a morte de Gabriela Lopes, moradores foram às ruas pedir por justiça. A família se fechou, o pai e a irmã da vítima não falam sobre o assunto e já não moram mais no imóvel onde o crime aconteceu. Após a prisão de Irailton, um novo choque na sociedade pacajaense, o rapaz tranquilo que todos conheciam, tinha histórico de crimes sexuais, informação que só foi descoberta após a sua prisão. 

Segundo o MP, em seu depoimento na delegacia o acusado confessou, e deu detalhes do que aconteceu naquele dia, ele ainda reforçou que fez tudo sozinho. Pelo crime, Irailton pode pegar até 30 anos de reclusão. Segundo o código penal brasileiro, a pena de estupro é aumentada se houver violência física grave, se a vítima tiver entre 14 e 18 anos, e se o ato resultar em morte.