Um bebê de três meses que vivia em situação de abandono foi resgatado, na manhã dessa quarta-feira (28), em uma residência no bairro Betânia, em Parauapebas, no sudeste do Pará. Uma denúncia anônima foi feita aos órgãos competentes, que passaram a monitorar os responsáveis pelo bebê. O resgate foi feito por uma equipe do Conselho Tutelar, com apoio da Guarda Municipal. A família era conhecida dos conselheiros, que anteriormente chegaram a resgatar outra criança.
De acordo com o Conselho Tutelar, o bebê de três meses foi encontrado em meio a sujeira, com uma fralda que não havia sido trocada há, pelo menos, um dia. Ele foi levado para um abrigo da cidade. Os pais seriam dependentes químicos e já eram conhecidos das autoridades. Ainda segundo o Conselho Tutelar, a família foi beneficiada por programas sociais, porém todas as normas impostas pelos programas foram descumpridas e, com isso, a família foi desligada dos benefícios.
“Essa mãe já tem um filho acolhido e esse é o segundo. É uma família que a gente já acompanha. Pelo fato de acompanhar, a rede de proteção já fica de olho, para que as crianças, mais uma vez, não sejam negligenciadas, para que não haja um crime”, declarou a conselheira Edileuza Correa.
Sobre a ação dessa quarta-feira, ela explicou: “Veio através de uma denúncia anônima que tinha uma criança dentro de um quarto, no qual ela estava sozinha. Desde ontem [terça-feira, 27] que perceberam. Foi acionada a Guarda Municipal e, chegando no local, foi arrombada a porta. Encontramos a criança sozinha, com uma fraldinha que parecia que já tinha umas 24 horas que estava bem sujinha. Além disso, a criança estava com fome. E isso, pela lei, é abandono de incapaz”, completou.
De acordo com a conselheira, diante dos fatos encontrados, o caso será encaminhado para toda a rede de proteção, a exemplo do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que já acompanha a situação desde o resgate do primeiro filho da família. “[O CRAS] vai dar continuidade [ao acompanhamento] e será feito tudo aquilo que for possível para que essa família, esse pai e essa mãe, para que haja uma recuperação, porque o intuito do Conselho Tutelar é que família é base e família tem que permanecer junto”, defendeu a conselheira Edileuza Correa.
“Já foi encaminhado para o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e será novamente reiterado para que haja um tratamento contra a drogadição e contra o álcool. O que a gente quer que aconteça é que realmente esses pais sejam recuperados”, pontuou. (As informações são de O Liberal)