O vídeo foi publicado no perfil pessoal de Darlen Goes, irmã do pai de Rebeca Goes. Na gravação, ela faz graves denúncias sobre o crime que resultou na morte da menina de apenas 1 ano e 3 meses. Segundo a família paterna, o caso de maus-tratos às 4 crianças já havia sido denunciado antes de tudo acontecer.
"Os vizinhos relatavam, os vizinhos foram ao Conselho Tutelar denunciaram a mãe dos maus-tratos, o conselho não fez nada, se tivesse feito, a minha sobrinha estava viva. A minha mãe ia ao Conselho e ela não obteve [resposta].", disse a tia de Rebeca.
Rebeca Souza de Goes morava com a mãe, outros três irmãos, o padrasto, Frankyer Josué Mourão Salazar, de 20 anos, e uma amiga da família na cidade de Medicilândia, no sudoeste do Pará. Ainda segundo Darlen Goes, o suspeito dava banho nas crianças.
"Chegou até nós que uma pessoa tinha as gravações, que o padrasto ia dar banho nas crianças, nas duas sobrinhas, e que eles ficavam no banheiro com elas e elas gritando, os vizinhos ouviam isso. Então, qual é a mãe que deixa as crianças na mão de um cara que ela conheceu há 3 meses?", afirmou.
Um dia após o crime, nossa uma equipe do jornalismo da Vale do Xingu conversou com o Conselho Tutelar de Medicilândia, em entrevista Josefina Teixeira da Silva confirmou que em outras vezes, o órgão já havia recebido denúncias.
"A gente já tinha recebido algumas denúncias que tinha os maus-tratos, aí os conselheiros fizeram a visita, a gente falou com a avó. Teve uma vez que ela disse que uma das crianças já estava lá com ela e que tava sob controle. E quando fomos lá estava tudo limpinho, tudo organizado, mas mesmo assim, foi feito relatório e a rede estava fazendo a visita. Eles estavam tendo acompanhamento.", explicou a conselheira tutelar de Medicilândia.
Rebeca Goes foi morta no dia 9 abril, após ser levada pelo padrasto para o Hospital Municipal sem vida. Na unidade de saúde, enfermeiras perceberam que ela teria possíveis sinais de abuso sexual, além de hematomas por todo o corpo. O principal suspeito, que é venezuelano, tentou escapar após o crime, mas foi preso no último dia 10, na cidade de Brasil Novo.
Agora, a família pede que o caso seja denunciado por quem presenciou ou que saiba de alguma informação. "O que a gente tá tentando agora é que a população vá à delegacia e denuncie, que fale a verdade. É angustiante não saber de fato o que aconteceu.", finalizou Darlen Goes.
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