Uma grávida morreu após ser atropelada por uma caminhonete, em Pacajá, no sudoeste do Pará, na noite desta quarta-feira (1). A colisão violenta aconteceu por volta das 20h30 na BR-230. Gisele Brasil Pereira estava na garupa da moto, que era conduzida pelo marido, Angleison de Souza Silva.
Em alta velocidade, com a pista molhada, a caminhonete foi flagrada no momento da batida por uma câmera de circuito de segurança. O vídeo mostra que o casal segue na via e não está correndo, quando é atingido e arremessado para fora da via.
Logo após a batida, é possível ver que o motorista ativa os freios e começa a reduzir a velocidade. A caminhonete em alta velocidade era conduzida por um homem identificado como José Vicente. A batida foi na traseira da moto, e foi tão forte que as vítimas foram arremessadas a uma distância de quase 70 metros do local.
Por estar na garupa, Gisele recebeu todo o impacto da colisão, e após cair no chão, não resistiu aos ferimentos, morrendo no local. O acidente atraiu a atenção de centenas de pessoas, que ficaram revoltadas com a situação. Amigos das vítimas entraram em desespero após identificar o casal.
Testemunhas ligaram para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) enquanto policiais militares e agentes do Demutran tentavam controlar a multidão que se aglomerava na rodovia. Muito conhecido na cidade, o motorista da caminhonete foi rapidamente identificado, mas fugiu do local antes da chegada da polícia.
Em uma foto registrada por um motorista que passava pelo local, é possível ver o exato momento em que o motorista sai correndo após o acidente. Apesar da fuga, José Vicente foi localizado e preso. O jornalismo da Vale do Xingu conseguiu apurar que essa não é a primeira vez que ele se envolve em acidentes.
Em Pacajá, seria comum vê-lo conduzindo o veículo em alta velocidade e fazendo manobras arriscadas. Preso em flagrante, ele foi levado para a Delegacia de Polícia Civil, onde segue detido à disposição da Justiça. Após o acidente, uma equipe do hospital municipal de Pacajá seguiu até o local para auxiliar no resgate. Um médico testou os sinais vitais de Gisele, mas ela já estava sem vida, segundo testemunhas, também não foi possível ouvir batimentos no útero da vítima.
A gravidez de Gisele ainda não foi oficialmente confirmada pela equipe médica que atuou no atendimento. O corpo seguiu para o Instituto Médico Legal (IML), e deve passar por exames de necropsia. Angleison, marido de Gisele, teve várias fraturas e após ser socorrido pelo SAMU, ele foi transferido de ambulância para o Hospital Regional em Tucuruí, sudeste, e o estado de saúde é grave.
Angleison ainda não sabe que a esposa morreu. O atropelamento das vítimas é investigado pela Polícia Civil em Pacajá. A morte de Gisele gerou revolta na cidade, um cartaz com a foto da vítima e a mensagem de luto foi compartilhado nas redes sociais, com pedidos de justiça.
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