Passageira morta em atropelamento em Pacajá estava grávida de seis meses

A mulher que aparece sorridente em registros é Gisele Brasil Pereira, de 28 anos. Ela morreu após uma caminhonete bater na traseira do veículo em que ela estava com o marido, na BR-230, em Pacajá, no sudoeste do Pará, na noite desta quarta-feira (1). Segundo os familiares, a passageira estava grávida de seis meses. Fotos mostram a vítima segura um vestido rosa que seria para a filha, quando nascesse.

Imagens de câmera de segurança mostram o exato momento do acidente. Em alta velocidade, com a pista molhada, a caminhonete foi flagrada colidindo na motocicleta. O vídeo mostra que o casal seguia na via em velocidade baixa, quando é atingido e arremessado para fora da via. Logo após a batida, é possível ver que o motorista ativa os freios e começa a reduzir a velocidade. A moto era conduzida pelo marido de Gisele, Angleison de Souza Silva.

O condutor da caminhonete foi identificado como João Vicente e estaria em liberdade condicional. Segundo informações, ele estaria respondendo após ameaçar a ex-companheira que o denunciou na polícia. Na batida, as vítimas foram arremessadas cerca de 70 metros do local do acidente.

O marido de Gisele sofreu múltiplas fraturas pelo corpo, foi socorrido e encaminhado até o hospital por agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas precisou ser transferido para Marabá, sudeste paraense, devido o estado de saúde ser considerado grave. Segundo a família, Angleison está em coma.

Muito conhecido na cidade, o motorista da caminhonete foi rapidamente identificado, mas fugiu do local antes da chegada da polícia. Uma foto feita por um motorista que passava pelo local, é possível ver o momento em que o motorista sai correndo após o acidente, mas pouco tempo depois ele foi localizado e preso. Essa não seria a primeira vez que ele se envolve em acidentes de trânsito na cidade. Muitas vezes ele já foi flagrado realizando manobras arriscadas na rua. 

João Vicente foi encaminhado para a delegacia de Polícia Civil de Pacajá onde permanece preso. Uma equipe do hospital da cidade ainda chegou a ir até o local, mas Gisele já estava morta. O corpo seguiu para o Instituto Médico Legal (IML), e deve passar por exames de necropsia. Moradores e familiares ficaram revoltados com a morte da jovem que deixou um filho de 7 anos. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o acidente.