A família do senhor José Antônio da Silva, de 71 anos, está angustiada. O idoso que morava no centro do município de Altamira, no sudoeste do Pará, teria sido vítima de um roubo, e durante o crime, acabou sendo espancado. O caso foi registrado no dia 6 de abril.
A casa teria sido invadida por volta das 20h de uma segunda-feira. A vítima estava em casa e ao reagir, acabou brutalmente agredida. Essa foi a versão registrada na Delegacia de Polícia Civil e foi incluída em um boletim de ocorrências, onde consta que a vítima estava sozinha na casa no momento da suposta invasão.
"Esperamos que a polícia continue fazendo uma investigação séria, uma investigação que realmente encontre os culpados ou o culpado. Nosso tio morreu de uma forma muito brutal, ninguém merece algo desse tipo. Esperamos que a polícia cumpra realmente com o seu papel e descubra realmente o que aconteceu.", relata um familiar.
No documento conseguido pelo jornalismo da Vale do Xingu é possível encontrar o relato da esposa da vítima. No boletim ela conta que o marido foi até a casa "resolver umas coisas", e que não iria demorar porque os dois tinham um aniversário marcado para aquela noite. Perto das 20h a mulher relatou que ficou preocupada com a demora e resolveu ir até o imóvel, mas como Antônio não abria a porta, ela ligou para uma irmã e para um chaveiro.
Após conseguir entrar no imóvel, a mulher teria encontrado o marido no chão, sem roupas, e bastante machucado. Uma foto enviada por familiares é possível ver a vítima logo após o atendimento médico, muito machucada. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fez o resgate e encaminhou idoso para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ele ficou internado até precisar ser transferido para um hospital.
"Algo que aconteceu na frente da delegacia, a casa dele é praticamente na frente da delegacia e do Ministério Público, esperamos que eles consigam desvendar esse crime e encontrar os culpados para que eles paguem.", explica
Aposentado, José Antônio era bastante conhecido em Altamira. Comerciante, ele foi um dos primeiros lojistas a atuar no ramo de calçados, e manteve por muitos anos lojas no centro da cidade. A família não se conforma em como o idoso morreu, e cobra celeridade nas investigações.
A casa onde tudo aconteceu fica há poucos metros da delegacia, na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes. Os parentes afirmam que não conseguem entender como alguém entrou e saiu da casa sem ser visto, àquela hora, e sem precisar arrombar o portão, já que ele estaria trancado por dentro. A família tem muitas perguntas que ainda não foram respondidas, entre elas, a dificuldade para ter acesso a informações sobre o caso, e aos imóveis da vítima.
Filhos que vivem fora do estado, e parentes que estão em Altamira contam que não têm autorização para chegar perto dos imóveis e não recebem informações sobre o andamento do caso. Conflitos que geram ainda mais dúvidas sobre o que realmente aconteceu com José Antônio da Silva.
"Nós da família acreditamos que provavelmente teria sido um homicídio, não acreditamos na hipótese de acidente, até pelo quanto ele estava machucado. Uma queda não iria fazer tanto machucado como ele teve. Marca no pescoço de estrangulamento, cabeça toda quebrada, costela quebrada como o pessoal do hospital falou para o meu irmão. Para ele estar daquele jeito de uma queda, ele tinha que ter caído de um terceiro ou um quarto andar e não simplesmente escorregar e cair, e nós não acreditamos.", afirmou.
A versão do acidente surgiu após a liberação do laudo pericial feito no imóvel onde consta que o portão não teria sido arrombado e os muros da casa com cerca elétrica inviabilizaram, a princípio, uma invasão. As investigações sobre o caso continuam. O imóvel tem câmeras de vigilância, mas as imagens não foram divulgadas para a família. Enquanto o caso não é encerrado, as dúvidas sobre o que realmente aconteceu com o idoso continuam.
"Então essa possibilidade de ser um simples assalto nós descartamos. Pode ser alguém que conhecia a rotina, conhecia a casa, pode ter feito isso com ele, mas nós acreditamos que quem fez isso entrou lá para matar mesmo, não foi apenas um simples assalto.", pontua o familiar.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que "aguarda o laudo da polícia científica sobre a causa da morte para a conclusão do inquérito. O caso segue sob investigação pela Seccional de Altamira.".
Fonte: https://www.confirmanoticia.com.br/
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