"Determino que o senhor receba esse pedido de desculpas deste magistrado, que como ser humano também é tenho as mesmas qualidades e defeitos de um ser humano que é ser humano, mas também errar.". As palavras foram ditas por um juiz durante a audiência de Francisco Soares da Costa Filho.
O julgamento que aconteceu de forma online em Almeirim, oeste do Pará, e teve a participação de testemunhas também em Porto de Moz, sudoeste. Hoje o agricultor agradece por conseguir a liberdade.
"Estamos aqui para agradecer a Deus, por Deus ter trago a verdade. Fui preso injustamente, acusado injustamente, mas estou vivendo de cabeça erguida.", conta o inocentado.
A prisão aconteceu em janeiro deste ano, na Comunidade Santo Antônio, área ribeirinha da cidade de Porto de Moz. Francisco foi acusado de estuprar dois meninos, um de 8 e outro de 9 anos. O caso foi registrado no ano de 2012, 12 anos depois, a Justiça emitiu o mandado de prisão, mas somente 10 dias depois a defesa provou que o que levou a prisão do agricultor foi o motivo dele e do verdadeiro criminoso terem o mesmo nome.
"A sentença não só reconheceu a absolvição dele como também fez constar nos termos da decisão com muita sensibilidade do juiz da comarca de Almeirim que ele era vítima de um erro da justiça. Tudo isso serve para mostrar para a sociedade pela qual ele foi duramente criticado e que ele, sim, é um homem inocente.", afirma a advogada Deellen Freitas.
Na época, o jornalismo da Vale do Xingu noticiou o caso e mostrou que as vítimas, que não seriam parentes do suspeito, teriam sido abusadas sexualmente na cidade de Almeirim, cidade que fica a mais de 45 quilômetros de onde ele foi localizado. Ainda no processo que corre em segredo de justiça, o juiz deixou claro que Francisco pode cobrar indenização do Estado devido ao erro.
O homem preso de forma equivocada ainda sofreu violência durante os dias em que esteve atrás das grades. Já o suspeito de cometer o crime foi localizado, preso e condenado em outro processo não divulgado, segundo a defesa. Agora o agricultor que é casado e pai de um menino de 7 anos pode voltar a vida normal.
"Mas que graças a Deus, em primeiro lugar, em segundo minha defesa que entrou com recurso e conseguiu reivindicar e graças a Deus conseguiu resolver essa causa.", diz Francisco Soares, aliviado.
Fonte: https://www.confirmanoticia.com.br/
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