Uma motociclista ficou gravemente ferida nesta quarta-feira (5), após ser atingida por um cabo de internet, em Altamira, no sudoeste do Pará. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, populares ajudam a vítima enquanto moradores da via comentam que os cabos estão soltos há vários dias e oferecendo risco aos motoristas.
No chão, a vítima está sangrando bastante, e não sabia o que havia acontecido. Uma pessoa que estava no local e presenciou a cena, explica para a motociclista, relatando que o cabo estava tão baixo que atingiu o pneu da moto. O acidente aconteceu no trecho entre a Rua Anchieta com a Travessa Agrário Cavalcante, por volta das 9h40 da manhã.
Os cabos que provocaram o acidente já foram retirados da via, mas o problema persiste e pode ser observado em vários pontos da cidade. Após ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) a vítima foi levada para o hospital, e o seu estado de saúde não foi divulgado.
Segundo o Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), um parente da vítima fez o registro do acidente e levou o veículo. O fio que provocou o acidente não é o único a ser visualizado pelas ruas de Altamira. Na esquina da rua 1º de Janeiro, um cabo está enrolado e parte do equipamento está pendurado.
Em outros pontos, é possível ver um rolo gigante de cabos pendurado no poste. O emaranhado de fios pendentes, como são conhecidos, não representa apenas um problema estético para a cidade, mas um risco à população. Sem legislação clara sobre o controle e fiscalização dessas redes e dos cabos pendentes, uma solução seria exigir cabeamento subterrâneo, mas o alto custo impediu até agora que o país se livrasse desse problema visual e físico.
O Projeto de Lei 288/23 determina que as concessionárias prestadoras de serviços de energia elétrica, telefonia, televisão a cabo, internet ou qualquer outro relacionado à rede aérea removam os cabos e a fiação em excesso e sem uso. O texto está em análise na Câmara dos Deputados. Fonte: Agência Câmara de Notícias
A proposta parece ser uma luz no fim do túnel, já que no país, nem estados, nem municípios, têm legislação própria sobre o assunto. Pela proposta, as prefeituras deverão notificar os responsáveis pela rede aérea existente para removerem o excedente de cabos e fiação sem uso.
Após a notificação, conforme o projeto, as empresas deverão apresentar um plano de remoção desses fios em até 30 dias, sob risco de multa de R$ 5 mil. Em caso de novos descumprimentos, a multa será de R$ 20 mil a cada 30 dias. O projeto do deputado baiano Léo Prates, ainda será despachado para as comissões permanentes da câmara.
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