O Decreto estadual 3.954 proíbe a entrada de mudas de cacau ou cupuaçu e até amêndoas de estados onde há registro de focos da monilíase, como Acre e Amazonas. A doença pode comprometer mais de 80% da lavoura cacaueira.
"O papel da Adepará é orientar produtores e comerciantes sobre essa doença e fazer fiscalização. (..) Essa semana apreendemos uma carga de 126 sacas de amêndoas do cacau vindas do Amazonas. A legislação proíbe. Só entra muda com boletim de análise ambiental e amêndoas classificadas nos tipos um e dois.", explica Cássio Polla, engenheiro agrônomo da Adepará.
A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) além de demarcar rotas de riscos, para manter a doença longe do cacaueiro e do cupuaçuzeiro, também acompanha o cadastramento de agricultores e comerciantes locais. A medida é obrigatória.
"As unidades, os produtores e empresas têm que fazer o cadastro na Adepará.", afirma Polla.
Com solos férteis e com alta produtividade, o Pará se destaca com a produção de cacau. Líder nacional com mais de 140 mil toneladas de amêndoas, a preocupação é evitar que a praga chegue até o estado, trazendo um prejuízo gigantesco para a economia paraense.
A monilíase causa podridão dos frutos. Ela é causada por um fungo que sobrevive no solo em frutos velhos. A Universidade Federal do Pará (UFPA) é parceira de órgãos como a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) e Adepará e segue vigilante sobre a monilíase.
"Pedir auxílio para a Adepará o mais rápido possível. Na roça do cacau o agricultor deve fazer para qualquer tipo de doença, plantas com corte mais baixo, adubação, a poda fitossanitária tem que ser feita nos momentos corretos. A retirada dos frutos doentes, nós não temos a monilíase, mas temos podridão parda e vassoura de bruxa. O tratamento do casqueiro, esses tratos são essenciais na cacauicultura.", afirma o professor Dr. Miguel Alves.
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