O suspeito que não teve o nome divulgado é empresário do setor madeireiro e pré-candidato a prefeito de Uruará, no sudoeste do Pará. Ele foi preso na manhã desta terça-feira (11) durante uma operação da Polícia Civil. A ação policial aconteceu na residência do empresário, e também resultou na prisão de outro empresário do setor de supermercados. Ambos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Uruará para os procedimentos legais.
A operação, denominada "Dark Wood", investiga um esquema milionário de fraudes com créditos florestais falsos, que teria movimentado cerca de R$ 26 milhões. A investigação começou em 2019, após a descoberta de uma associação criminosa que utilizava documentos falsos para realizar leilões de produtos florestais.
Entre os detidos estão proprietários de madeireiras e um ex-servidor da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS). Segundo a Polícia Civil, os documentos foram falsificados na Semas, visando a inclusão de créditos florestais no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais para duas empresas que teriam vencido leilões fraudulentos. Esses créditos florestais, previstos pelo Código Florestal brasileiro, são mecanismos para compensar a extração de matéria-prima da vegetação natural.
A investigação revelou que um crédito de mais de 13 mil metros cúbicos de madeira foi concedido de forma indevida. Empresas madeireiras dentro e fora do Pará questionaram esses créditos, algumas das quais são suspeitas de simular o transporte e recebimento do material com a expedição de falsas guias florestais.
A operação "Dark Wood" foi executada pelas equipes da Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Santarém e Altamira, Superintendência de Altamira e Delegacia de Novo Progresso.
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