O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Pará e o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) do Governo Francês, promoveu um curso de Associativismo para Gestão de Bionegócios na Aldeia Cajueiro, localizada na Terra Indígena Alto Rio Guamá.
A iniciativa integra o Projeto Apoio à Gestão e Restauração Florestal da Terra Indígena Alto Rio Guamá, busca fortalecer as capacidades das associações indígenas para a restauração de seu território e a comercialização de sementes e mudas florestais. O curso contou com a participação de 20 indígenas, os quais representaram cinco associações dos seus territórios.
Na formação, foram compartilhados conhecimentos sobre noções de associativismo e novos métodos de gestão de negócios florestais, essenciais para a sustentabilidade e autonomia das comunidades indígenas. A presença da Associação das Mulheres Indígenas do Gurupi (Amigui) foi destaque, com suas integrantes demonstrando interesse em aprender a comercializar as biojoias que produzem a partir de sementes florestais.
“A realização do curso foi motivada pela dificuldade enfrentada pelas associações indígenas em gerir suas organizações e pela necessidade de transferência de conhecimento sobre o tema. Além disso, a iniciativa busca preparar as associações para que, no futuro, possam administrar seus próprios bionegócios de maneira eficiente e sustentável, promovendo a independência econômica das comunidades indígenas”, enfatizou.
O Projeto Apoio à Gestão e Restauração Florestal da Terra Indígena Alto Rio Guamá é um exemplo de como a cooperação entre diferentes instituições pode gerar resultados positivos para a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades indígenas. Ao promover a restauração florestal e a comercialização de produtos oriundos da floresta, o projeto contribui para a conservação da biodiversidade e para a valorização dos conhecimentos tradicionais.
Além da capacitação técnica, o curso proporcionou um espaço de troca de experiências e fortalecimento de redes de colaboração entre as associações indígenas. Os participantes puderam compartilhar desafios e soluções, criando um ambiente propício para o crescimento coletivo e a inovação em suas práticas de gestão.
O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a parceria entre o Instituto, o Sebrae Pará e o Cirad demonstra a importância da união de esforços para a promoção de uma bioeconomia inclusiva e sustentável. Ele avalia que a formação oferecida na Aldeia Cajueiro é um passo significativo para o fortalecimento das associações indígenas e para a construção de um futuro mais próspero e equilibrado para a Terra Indígena Alto Rio Guamá.