A Polícia Militar realizava rondas na rua 3 no bairro Aparecida, em Altamira, sudoeste do Pará, na tarde da última sexta-feira (9), quando decidiu abordar o suspeito Philipi Martins. Após checarem a documentação, os agentes confirmaram que ele estava sendo procurado pela justiça, acusado de ter participação em um homicídio ocorrido em janeiro deste ano, na rodovia Magalhães Barata. A vítima era uma mulher transexual, identificada como “Sofia”, que foi assassinada com cinco tiros à queima-roupa.
Na época, imagens de circuitos de vigilância mostraram a ação dos criminosos, a dupla chegou em uma moto e perguntou por Sofia, como ela não estava no bar, eles saíram e retornaram pouco tempo depois. Ao voltarem, encontraram a vítima na calçada, e um dos homens já chegou atirando. Ela ainda tentou correr, mas foi atingida nas costas e na cabeça.
Philipi é o terceiro suspeito de ter participação no crime a ser preso, anteriormente Lucas de Lima Rodrigues e Michel Timoteo de Almeida foram detidos pela polícia, que segue investigando o caso. Até agora não há informações sobre o que teria motivado a dupla a realizar a ação. Esse foi o primeiro homicídio registrado em Altamira no ano de 2024.
De lá pra cá, foram computados mais de 10 casos no município, uma queda de mais de 40% em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo uma pesquisa recente divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Altamira é o único município paraense que consta na lista dos 10 municípios com maiores taxas de violência no país. A cidade consta na 7ª colocação, e a pesquisa realizada pelo órgão utilizou dados do ano de 2022.
Uma apuração feita pela nossa equipe de reportagem, confirmou que Sofia havia sido presa em junho de 2023. A prisão aconteceu na cidade de Medicilândia, que fica a 90 km de Altamira, cidade onde ela foi morta. Na época, a Polícia Civil chegou à suspeita após receber informações de que na casa onde ela morava, era comercializado entorpecentes. Na casa foram apreendidas 140 petecas de substância semelhante ao crack, e pouco mais de R$ 1.000,00 em dinheiro.
Segundo dados do portal da transparência da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Pará (SEGUP), Altamira não registrou nenhum caso de homicídio no segundo semestre de 2023. A expectativa agora é que a estimativa se mantenha e o percentual fique em zero também em 2024.
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