Após 5 dias de intensas buscas pela pequena Sara Raabe, de 5 anos, o corpo da criança foi velado na Igreja Assembleia de Deus, em Altamira, sudoeste do Pará, nesta segunda-feira (23). A equipe de reportagem da Vale do Xingu, conversou com a mãe da criança que explicou com mais detalhes sobre o caso.
Tristeza, dor e revolta, sentimentos que marcaram o velório da pequena, que foi estuprada, estrangulada e morta por Cleiton de Oliveira Gomes, de 26 anos, na última quarta-feira, (18), na região do Ramal Cupiúba, que fica na área rural de Altamira. Segundo a mãe, Cleiton teria se arrependido após ter praticado o crime, e tentou reanimar a criança, porém era tarde demais.
“Ele pegou deixou ela lá e ficou numa casa abandonada. Durante o dia ele ia pro mato” “Ele deixou ela lá morta, e ficou lá dentro dormindo nessa casa”, diz a mãe da criança.
O desaparecimento e as buscas por Sara ganharam repercussão nacional. No velório da pequena, familiares, amigos e a população da região do Xingu esteve presente para se despedir da criança, que teve a vida interrompida de forma tão cruel. Uma comoção tomou conta da população altamirense, uma pessoa que preferiu não se identificar, falou para a equipe o desejo de justiça, e espera que o caso da pequena Sara Raabe não caia no esquecimento.
“Perante tudo isso que está acontecendo, perante toda essa situação desse monstro, desse ser humano, se é se pode ser chamado de humano.” “Nós queremos justiça, proteção para as nossas crianças.” “Nós queremos justiça, que a justiça faça o papel dela.”, afirma uma moradora.
Sara gostava de pescar no igarapé que passa ao lado da residência da família, juntamente com os irmãos, ela ia quase que diariamente para o local para brincar. O desejo que fica nesse momento é resumido em uma única palavra: justiça!
“Eu só quero justiça. A lei do nosso Brasil é fraca, e depois solta esses criminosos e eles ficam soltos.” afirma a mãe de Sara.