Leidimar Marques Silva, de 30 anos, era uma mulher animada e que adorava curtir a vida. A mulher que trabalhava em um restaurante no terminal Rodoviário de Altamira, sudoeste paraense, foi brutalmente assassinada após ser atingida por um golpe de vidro quebrado durante uma confusão que deu início logo após o fim do show da cantora Manu Bahtidão na madrugada de domingo (1).
Na noite em que tudo aconteceu, Leidimar ainda chamou a irmã para ir ao show em uma casa de festas. Ela chegou por volta de 22h, mas logo após o show da Manu, uma confusão deu início e foi aí que Leidimar foi atingida na região da axila pelo pedaço de vidro. A suspeita seria outra mulher, que até o momento ainda não foi identificada e presa.
Em um áudio compartilhado em um grupo de mensagens, uma testemunha afirma que tudo aconteceu dentro da casa de shows.
“Amiga, a situação em si, eu não vi o ocorrido. Mas ela estava do lado de dentro, na portaria, mas pelo lado de dentro.” , disse a testemunha.
Segundo familiares, Leidimar estava grávida e faria 3 meses. Além do bebê que não sobreviveu ao atentado, a atendente tinha outros 6 filhos, três ainda moravam com ela, que era solteira.
Em outro vídeo compartilhado é possível ver que dentro da casa de shows há diversas garrafas de vidro quebradas, principalmente na grade, que fica próximo ao palco.
Em Altamira não há registros específicos de leis municipais que proíbam a venda de bebidas em garrafas de vidro durante shows e eventos públicos. A lei estadual n.º 10.381, proíbe a comercialização e consumo de bebidas em garrafas de vidro não retornáveis, especificamente as denominadas "long neck", nas faixas de areia das praias e balneários do Estado do Pará. Embora o texto não seja específico para casas noturnas e afins, a discussão poderia embasar a criação de uma lei específica sobre a conduta.
Por meio de nota a casa de shows se pronunciou e informou que ao longo dos 27 anos de atuação, sempre prezou pela segurança dos clientes, e completou afirmando que mantém todas as licenças conforme as exigências legais e sob supervisão do Corpo de Bombeiros e demais autoridades competentes. A Foccus informou ainda que se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e esclarecer as circunstâncias do incidente. A Polícia Civil também divulgou uma nota e disse que o caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Altamira. Perícias foram solicitadas e testemunhas serão ouvidas para ajudar na investigação.