ALTAMIRA QUEDA
Indústria brasileira processa menos cacau em 2024
Queda foi de 18% no recebimento de amêndoas
16/01/2025 14h57
Por: Redação Fonte: Brasil Novo em Foco, com Confirma Notícia

Massaó é empresário em Altamira, sudoeste do Pará, e em 2024 enfrentou desafios para conseguir colocar na prateleira os derivados de cacau com alta no preço do produto sem abrir mão da qualidade. O Momento Agro é um oferecimento de Amigos do Campo, - Produzindo novas histórias. Sicredi - Não é só dinheiro. É ter com quem contar, e Intergrãos - Insumos e produtos agropecuários.

"A amêndoa que a gente usa é de qualidade, para fabricar ela o produtor precisa de 15 dias para finalizar. Com esse aumento, muitos produtores abriram mão dessa qualidade para vender logo, outro problema é o clima mais seco o que dificulta, existe uma escassez. A cooperativa tem contratos com outras empresas, tem empresa que quer 10 toneladas de cacau fino e não estamos conseguindo.", disse Massaó Shimon.

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Em 2024, a indústria processadora de cacau no Brasil, registrou queda de 18% no recebimento de amêndoas. Foi um período em que o valor do produto bateu recorde na bolsa, impulsionado pela crise mundial na busca da principal matéria-prima para fazer chocolate. Mas, por outro lado, a safra no país ainda não atende toda a demanda doméstica, o ano fechou em 179.431 toneladas menos que em 2023 que registrou 220.303 toneladas. 

Os dados são da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) que relaciona os números ao registro de pragas e doenças nas lavouras e as mudanças climáticas. Nós acompanhamos esse período na região maior produtora do país, a Transamazônica, os cacauicultores já faziam comparativo com anos anteriores.

Os desafios seguem para 2025, já que o Brasil ainda não produz o suficiente para atender a própria demanda. Para quem já produz cacau, a intenção é seguir com investimento em conhecimento buscando por tecnologia.