O furto de cabos ameaça a segurança da população e prejudica o fornecimento de energia elétrica. As denúncias vêm sendo registradas de forma recorrente pelos moradores da área rural em diferentes cidades do Xingu, a atitude é uma prática criminosa, perigosa, e prejudicial a milhares de clientes.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia (Abradee), em 2024 foram registrados mais de 15 mil casos de furtos de cabos de energia, com mais de 100 toneladas de cabos furtados. Levantamento feito pela Equatorial Pará mostra que em 2023 foram registrados 88 casos de furtos de cabos, em 2024, 100 ocorrências foram registradas. No último dia 14 de abril, o furto de cabos no Ramal do Cipó Ambé, em Altamira, no Sudoeste do Pará, deixou vários clientes sem o fornecimento de energia.
“A remoção indevida de cabos compromete a integridade da rede elétrica, onde os componentes são interligados e interdependentes. A sustentação dos postes está diretamente relacionada à tensão e ao balanceamento proporcionado pelos cabos. Quando um cabo é retirado, esse equilíbrio estrutural pode ser comprometido, aumentando o risco de inclinação do poste e de colapso do poste e dos demais condutores. “, explica Rodrigo Nunes, executivo de manutenção da Equatorial.
O furto de cabos pode provocar acidentes graves e até fatais. Ao intervir na rede de energia com ela energizada, o indivíduo responsável pelo furto pode sofrer uma descarga ou choque elétrico, um acidente que sem socorro imediato, pode ser fatal. Outro problema provocado pelo crime é a suspensão no fornecimento de energia na área alvo da ação criminosa, deixando os clientes por longos períodos sem energia elétrica.
“A empresa realiza manutenções preventivas constantes da rede de distribuição, isso faz com que melhore o fornecimento de energia em toda a região atendida pela Equatorial. É importante ressaltar que boa parte dessas ações criminosas ocorrem na área rural, em locais de difícil acesso ou remota, devido a logística complexa da região, o que torna mais demorado o restabelecimento do circuito. ”, reforça Rodrigo Nunes.
A gravidade do tema virou pauta no Senado Federal na última quarta-feira (09), e trata sobre a revisão da pena para quem comete o crime de furto de cabos de energia e telefonia, deixando a consequência pelo ato mais rígida aos olhos da lei. O projeto estabelece pena de reclusão de dois a oito anos e multa. O relator do projeto, Marcelo Castro (MDB-PI), argumentou que o aumento da pena é uma forma de inibir a prática desses crimes.
Segurança
Para evitar acidentes com intervenções na rede de energia, a Equatorial Energia realiza campanhas constantes de conscientização sobre os riscos elétricos e dessa prática, orientando seus clientes através divulgações em veículos de comunicação, palestras em repartições públicas e durante a realização de ações como o E+ Caravana e E+ Segurança, que percorrem as cidades da região promovendo uma série de atividades.
Em 2024, segundo a Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), quase 89 mil interrupções no fornecimento de energia foram registradas em todo o país provocados pelo furto de cabos de energia, uma média mensal de mais de 7 mil interrupções. Além dos prejuízos aos clientes, que ficam sem energia elétrica por longos períodos, 54 acidentes fatais foram provocados durante o furto de cabos de energia no Brasil.
A distribuidora orienta que os clientes denunciem os casos de furto às autoridades policiais, através dos números 190 e 181, e reportem a suspensão no fornecimento de energia pelos canais de atendimentos 24h, pelo aplicativo disponível para o sistemas Android e IOS, e a atendente virtual Clara, no WhatsApp, 91-3217-8200, além do 0800-091-0196 e o site www.equatorialenergia.com.br