Devido aos casos suspeitos da Doença de Haff no Pará, conhecida como doença da urina preta, a Secretaria de Municipal de Agricultura e da Secretaria Municipal de Saúde de Altamira, fez uma coletiva nesta segunda-feira (20), para tranquilizar a população quanto ao consumo de peixe. Eles abordaram a sobre a segurança em consumir o pescado oriundo dos rios Xingu e Iriri.
"Grande parte de peixes consumidos em nossa cidade são da região e oriundos da piscicultura, e mesmo não sabendo a origem dessa doença, não temos nenhum caso registrado na nossa região", explicou o secretário de Agricultura Almir Uchôa Segundo.
Ainda segundo o município, a síndrome/doença de Haff é considerada emergente. O primeiro surto ocorrido no Brasil foi registrado em 2009. Desde então, diversos casos e surtos têm sido relatados esporadicamente em diferentes regiões do Brasil. Recentemente, alguns municípios do estado do Amazonas tiveram um aumento no número de casos registrados. As ocorrências no estado vizinho estão associadas ao consumo de peixe.
“Os fatores que influenciam a ocorrência dos surtos da doença ainda não estão completamente compreendidos pela ciência, mas, acredita-se que o aumento da temperatura das águas dos rios e lagos, geram microrganismo (bactérias, fungos e algas) aumentando a proliferação de uma toxina. Aguas contaminadas por detritos humanos e industriais, e ainda, peixes mal armazenados e ou acondicionados, também estão entre os fatores”, informa a nota assinada pela secretaria municipal de Saúde, de Agricultura, Vigilância Sanitária e pela Engenheira de Pesca do município.
Segundo a secretária municipal de saúde, Tatiana Galvão, caso seja necessário atender alguém com suspeita da doença, o sistema de saúde do município está pronto para atendimento.
"Se tiver algum sintoma ou suspeita, a unidade de saúde de pronto atendimento (UPA), e o sistema de saúde estarão de portas abertas", informou.
A fiscalização passou a ser semanal nos mercados e feiras, para verificar a procedência do pescado e evitar que os peixes procedentes de locais onde a Síndrome de Haff ou da 'urina preta' foi identificada, entrem no município.
A engenheira de pesca da Semagri, Luciene Barbosa, afirma que é importante ressaltar que os peixes pirapitinga, pacu e tambaqui, criados em reservatórios da região, são seguros.
"Existe todo um processo e controle das condições da água e de funcionamento dos tanques, e nenhum caso foi registrado com peixes como o tucunaré, que é oriundo da região", declara a engenheira de pesca.
Recomendações
- Evitar o consumo de peixes que tenham sido capturados ou venham de áreas ou municípios com caso suspeito ou confirmado de Doença de Haff.
- Preconize a compra de peixes em locais seguros, com garantia de procedência, que respeitem as regras sanitárias e que estejam acondicionados da forma correta respeitando a cadeia do frio (uso correto da proporção de gelo).
-E por fim, mesmo tomando todos os cuidados, ao surgirem os sintomas enunciados anteriormente, busque atendimento imediato na unidade de saúde mais próxima de você.
Por: confirmanoticia
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