Em 2020, a região Norte teve um valor de produção agrícola da ordem de R$ 30,8 bilhões. No Pará, o valor de produção de todas as lavouras (temporárias e permanentes) saltou de R$ 10,6 bilhões, em 2019, para R$ 15,4 bilhões, em 2020. No estado, o produto que mais se destacou foi o açaí, com R$ 4,6 bilhões de valor de produção, em 2020, seguido da soja em grãos (R$ 8,2 bilhões); mandioca (R$ 2,2 bilhões); cacau (R$ 1,7 bilhões); e dendê (em cachos de coco, com R$ 804 milhões).
Dentre os municípios com maior valor de produção do setor agrícola, destacou-se Igarapé-miri, com R$ 1,6 bilhões, em 2020, graças ao açaí que, sozinho, gerou R$ 1,57 bilhões do valor de produção total do município. Paragominas ficou em segundo lugar, com valor de produção de R$ 888 milhões, sendo a soja o produto principal, responsável por R$ 833 milhões do total do valor de produção local. Em terceiro lugar, também graças ao açaí (R$ 664 milhões do total municipal), Cametá que teve R$ 786 milhões de valor de produção em todas as suas lavouras, em 2020.
Toneladas
Já no que se refere às quantidades produzida em toneladas, no Pará, a mandioca apareceu em primeiro lugar, com 3,8 milhões de toneladas em 2020, sendo os municípios do Acará (299 mil toneladas, em 2020), Óbidos (240 mil toneladas) e Oriximiná (180 mil toneladas) os que mais produziram mandioca em solo paraense. Acará, Óbidos e Oriximiná são também os três primeiros do Brasil na produção de mandioca.
Ainda em relação às maiores quantidades produzidas no Pará, o dendê vem em segundo lugar com 2,8 milhões de toneladas do cacho de coco do produto, com destaque para os municípios de Tailândia (942 mil toneladas); Tome-açu (537 mil toneladas); e Moju (424 mil toneladas).
Em terceiro, a soja com 2 milhões de toneladas de grãos produzidas em solo paraense, em 2020, quando se destacaram Paragominas (526 mil toneladas); Dom Eliseu (283,5 mil); e Santana do Araguaia (233 mil toneladas).
O açaí, primeiro produto do estado em valor de produção, é o quarto produto em quantidades produzidas em toneladas, com 1,4 milhões de toneladas, em 2020, com destaque para Igarapé-miri (420 mil toneladas); Cametá (159,5 mil); e Abaetetuba (109 mil toneladas).
O Pará se destaca nacionalmente em:
Açaí – No ranking de todos os municípios do país que produzem açaí, nove dos 10 primeiros colocados estão em solo paraense: Igarapé-miri (1º do Brasil); Cametá (2º); Abaetetuba (3º); Barcarena (4º); Bujaru (5º); Santa Izabel do Pará (7º); Anajás (8º); Bagre (9º); e Limoeiro do Ajuru (10º).
A mesorregião com maior produção de açaí, em 2020, foi o Nordeste paraense, com 922 mil toneladas, onde se destaca a microrregião de Cametá, com 770 mil toneladas (o município de Igarapé-miri, citado acima como o de maior valor de produção do estado graças ao açaí, faz parte dessa microrregião). Em segundo lugar se têm a Região Metropolitana de Belém, com 229 mil toneladas, e destaque para a microrregião de Castanhal (146 mil toneladas). A mesorregião do Marajó ficou em terceiro lugar, com 209,5 mil toneladas do produto, e destaque para a microrregião do Furo de Breves, com 98 mil toneladas.
Cacau – outro produto cuja produção fez o Pará ter destaque nacional foi o cacau: entre os 10 municípios brasileiros de maior produção, seis são paraenses: Medicilândia (1º do Brasil); Uruará (2º); Anapu (3º); Placas (4º); Brasil Novo (6º); e Altamira (8º).
O Pará foi o primeiro do Brasil em quantidade produzida (144,6 mil toneladas). A produção cacaueira está em todas as mesorregiões do estado, com destaque para o Sudoeste paraense (112 mil toneladas), especialmente a microrregião de Altamira (110 mil toneladas). Em nível estadual, os municípios que mais se destacaram foram Medicilândia (50 mil toneladas); Uruará (quase 20 mil toneladas); e Anapu (12 mil toneladas).
Mandioca – a mandioca paraense também é destaque nacional: no ranking entre todos os municípios do país, cinco dos 10 primeiros são paraenses: Acará (1º do Brasil); Óbidos (2º do Brasil); Oriximiná (3º do Brasil); Portel (4º); e Alenquer (8º).
Essa cultura está presente em todas as mesorregiões do estado, com destaque para o Nordeste paraense (1,8 milhões de toneladas em 2020) e Baixo Amazonas (909 mil toneladas), e para as microrreagiões de Óbidos (542 mil toneladas) e Tomé-açu (509 mil). No estado, os municípios que mais produzem são Acará, Óbidos e Oriximiná, que também são os primeiros do Brasil.
A PAM é uma das principais fontes de estatísticas municipais do Brasil, levantando informações sobre área plantada, área destinada à colheita, área colhida, quantidade produzida, rendimento médio obtido e valor da produção das culturas temporárias e permanentes, com informações relevantes para os planejamentos público e privado desse segmento econômico, bem como para a comunidade acadêmica e o público em geral. Para ter acesso a todos os dados da pesquisa basta, acessar sidra.ibge.gov.br.
Por: Brasil Novo em Foco
Fonte: A Voz do Xingu