Símbolos satânicos, oferendas, velas e sinais de rituais macabros estavam espalhados por toda a casa. Um cenário que pra quem esteve por lá será difícil de ser esquecido. Na época do crime, a população de Parauapebas ficou revoltada, onde jamais imaginavam que algo desta natureza pudesse acontecer.
A casa, hoje de portas fechadas, foi alvo da fúria da vizinhança, em 2020. Ela teve as portas arrombadas, móveis destruídos e ainda atearam fogo, tudo isso após o casal Dayvyd Renato Oliveira Brito e Irislene da Silva Miranda serem presos como os principais suspeitos da morte da garotinha Carla Emanuele Miranda Correia que tinha 1 ano e 8 meses na época do crime.
No prontuário médico consta o dia e horário que a criança deu entrada no hospital, já desmaiada e com quadro de parada cardíaca. O julgamento do casal teve início na manhã da quarta-feira (20) e só finalizou no final da tarde desta última quinta-feira (21).
De acordo com a pediatra que examinou a criança no hospital, a menina tinha alargamento no ânus e na vagina. E ainda em seu depoimento, a médica chegou a dizer que até para um leigo era possível entender que a criança já vinha sendo abusada sexualmente há bastante tempo.
Irislene foi condenada a 46 anos 5 meses e 20 dias já o seu companheiro padrasto da vítima, foi condenado a 83 anos e 4 meses. O julgamento composto por 7 jurados teve momentos tensos, o que exigiu atenção aos detalhes apresentados. Os depoimentos da médica pediatra Flávia Alves e da delegada Ana Carolina foram importantíssimos para compreender que o casal teve dolo em todas as ações violentas cometidas contra a criança.
Em entrevista na época, a delegada deu detalhes da cena macabra que encontrou na casa dos condenados. "Colhemos materiais. A calcinha que a criança estava usando tinha sangue novo na região do ânus, tinha sangue na toalha, tinha sangue no colchão, tinha sangue no lençol. Provavelmente dos abusos sexuais que a criança sofria, que eram pequenas manchas de sangue", relatou a Delegada Ana Carolina.
Durante o julgamento, o casal parecia já saber que não iriam mais gozar da liberdade por um longo tempo, eles se mantiveram inertes e de cabeça baixa, Irislene retornou ao presídio feminino de Marabá e Dayvyd, a cadeia pública de Parauapebas. Onde passarão um longo tempo longe da sociedade.
Por: JornalismoFonte: Italo Almeida
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