O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), prossegue com o Projeto Telemedicina Pará, que atualmente oferece pontos de acessos às consultas especializadas em 25 municípios, já registrando 1.766 atendimentos desde que o projeto foi retomado pela Secretaria, em agosto deste ano.
O Telemedicina Pará faz parte do Programa “Assistência Médica Especializada na Região Norte do Brasil por meio da Telemedicina”, fruto de uma parceria do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi) com o Hospital Israelita Albert Einstein, em que são ofertadas teleconsultas em sete especialidades médicas: endocrinologia, neurologia, neurologia pediátrica, pneumologia, cardiologia, psiquiatria e reumatologia.
Na prática, o paciente passa por uma consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde é identificada a necessidade de um especialista. Então, o agendamento poderá ser solicitado por meio do sistema do Hospital Albert Einstein. Na data e horário agendados, o paciente retorna à UBS para consulta com o médico generalista presencial e o especialista da Telemedicina. É utilizada uma plataforma tecnológica que permite agendamento, acesso à videoconferência entre os médicos e o registro de informações em prontuário eletrônico.
O projeto tem o objetivo de promover a ampliação do acesso às consultas especializadas no Estado do Pará, visando diminuir a demanda reprimida nas regiões de saúde, aperfeiçoar a qualidade da assistência e a satisfação do usuário, reduzir o número de transferências desnecessárias de pacientes e, consequentemente, aprimorar a alocação de recursos para melhorar a saúde geral da população.
“Com isso, tem-se a redução da fila de espera por consultas com especialistas na Central de Regulação do Estado”, explicou o secretário adjunto de Gestão de Políticas de Saúde, Sipriano Ferraz Júnior, ao reiterar a importância do compromisso contínuo das prefeituras e dos secretários municipais de Saúde para a manutenção da infraestrutura do serviço e para a gestão de metas e resultados.
Critérios- No Pará, o projeto coordenado pela Sespa com o apoio das Secretarias Municipais de Saúde do Estado (Cosems), está ocorrendo, por enquanto, em 25 municípios selecionados a partir dos critérios elencados pelo Ministério da Saúde, que incluem o baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), carência de médicos especialistas e distância de centros médicos especializados.
Já oferecem atendimento por Telemedicina os seguintes municípios: Belém, Bujaru, Igarapé-Miri, Mocajuba, Cametá, Oeiras do Pará, Limoeiro do Ajuru, Portel, Rurópolis, Bom Jesus do Tocantins, Acará, Irituia, Ipixuna do Pará, Ourém, Capitão Poço, Garrafão do Norte, Nova Esperança do Piriá, São Domingos do Capim, Aurora do Pará, Concórdia do Pará, Augusto Corrêa, Viseu, Santa Luzia do Pará, Maracanã e Curuçá.
Com previsão inicial de implantação em 56 municípios, os próximos 31 terão o serviço implantado de forma gradativa, seguindo o planejamento da Sespa, que havia suspendido a execução do programa em função da pandemia de Covid-19.
O secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo Rodovalho, disse que o atendimento remoto já é uma realidade crescente no Estado. “Essa necessidade ficou ainda mais evidente para desafogar consultas com especialistas que foram represadas durante a pandemia. Fico feliz pelos municípios que já estão aderindo ao projeto, e que todos possam aproveitar a gama de atendimentos e a nossa disponibilidade em ajudar nas orientações oportunas e necessárias”, concluiu.
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