A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, esclareceu, hoje (22), que o Brasil e os outros 102 países que se comprometeram a reduzir em 30% as emissões globais do gás metano até 2030 ainda vão discutir com quanto cada nação precisará contribuir para que a meta definida durante a 26ª Conferência sobre as Alterações Climáticas (COP26) seja atingida conjuntamente.
“Trinta por cento é a meta [conjunta] de [redução de] todos os países que assinaram este acordo”, destacou a ministra ao fazer um balanço sobre a participação brasileira na COP26. Também participaram da apresentação sobre os compromissos e as ações que o país vai implementar ou já desenvolve os ministros do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e das Relações Exteriores, Carlos França.
“Cada país vai colocar sua meta”, acrescentou Tereza Cristina, destacando que o compromisso é “voluntário e não-vinculante”. Segundo a ministra, uma das primeiras tarefas para os setores público e privado será aprimorar as formas de medir o volume das emissões de metano, principalmente na pecuária. O que, segundo a ministra, indicará que o Brasil já vem fazendo muito para eliminar a emissão de gases do efeito estufa, incluindo o metano.
“O Brasil já caminhou muito com isso. Temos muitas ações que já acontecem para esta diminuição [da emissão] de gás metano. Muitas iniciativas que, agora, vão ser melhor quantificadas por nós para, então, o Brasil assumir sua meta [frente aos demais países] dentro desses 30% [globais]”, acrescentou Tereza Cristina.
Fazendo coro à ministra, Joaquim Leite disse que a discussão sobre os percentuais de redução das emissões de metano com que cada país contribuirá para o esforço global permitirá ao Brasil “expor ao mundo os programas nacionais já existentes”.
“O Brasil já tem políticas de redução, como o [Programa Nacional] Lixão Zero, que diminui [a emissão] de metano; a agricultura de baixo carbono. Então, o Brasil já vem implementando políticas nacionais que vão contribuir para [atingirmos] a meta global. [A partir disso] vamos apontar este volume com que vamos contribui”, disse o ministro do Meio Ambiente.
“Por isso nós tínhamos que estar dentro desse acordo. Para mostrar ao mundo que o Brasil é parte da solução e já faz essas atividades [de tentar eliminar parte das emissões]”, disse o ministro.
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