[caption id="attachment_867" align="alignleft" width="352"] À esquerda, Vivian de Oliveira com a filha e o marido, que morreu por covid-19. À direita, a mãe, o irmão e o pai (Arquivo pessoal)[/caption]
A tragédia nacional da pandemia de covid tem dramas individuais e familiares que significam sofrimentos bem maiores que apenas um número diário, estatístico, de mortes. No caso da assistente social e empresária Vivian de Oliveira, a dor foi multiplicada. Ela perdeu o pai, a mãe, o marido e o irmão para a covid-19 no intervalo de 20 dias.
Vivian também está internada com a doença, mas estável, em um hospital de Fortaleza (CE). Diante de tanta dor, ela fez um apelo à população. "Quem ama cuida. Por isso, obedeçam às normas sanitárias e fiquem em casa. Eu perdi quatro pessoas que eu mais amava para o vírus e a dor é inesquecível."
Vivian conta que a primeira pessoa a se infectar na família, em fevereiro, foi a cunhada, seguida pelo irmão, a mãe e o pai. "A minha cunhada ficou internada, mas teve alta e está se recuperando em casa", disse. A sobrinha dela de 1 ano e 7 meses e a filha de 1 ano e 5 meses também testaram positivo para doença, mas não necessitaram de internação.
Os óbitos aconteceram rapidamente. O pai faleceu no dia 20 de fevereiro. No dia seguinte, o irmão. Seis dias depois, a mãe também morreu. E, no dia 10 de março, o marido da assistente social também não resistiu à doença.
"Hoje eu me sinto triste, abalada, desacreditada. Tem horas que parece que é um pesadelo. Eu não tive tempo de poder ter todo esse sofrimento ainda para lutar por eles, que estão precisando de mim, da minha força, eu preciso cuidar da minha filha. Só quem sente essa dor é quem passa", desabafa.
O Liberal
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