Ressaltando a importância da resiliência e da empatia para com o próximo, a Agência Transfusional do Hospital Ophir Loyola (HOL) iniciou, na última quinta-feira (30), mais uma campanha de doação de sangue na instituição. Em parceria com a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), a ação, que encerrou a programação nesta sexta-feira (1ª), visa a abraçar doadores frequentes de sangue, sejam servidores ou do público externo. O "Arraiá da Doação” tem tema inspirado no mês de junho e conta com diversas atrações.
A programação começou às 8h com o encerramento às 16h. O hospital tem uma das maiores demandas em relação à transfusão de sangue, realizando, em média, 900 procedimentos por mês. A pandemia provocada pelo coronavírus modificou rotinas e diminuiu a reposição do estoque de sangue. As campanhas de doação são realizadas trimestralmente, pois é o período de recuperação entre uma doação e outra, tanto para mulheres quanto para homens.
A enfermeira e coordenadora da ação, Leonice Assunção, destaca que as campanhas buscam incentivar a solidariedade e salvar vidas. “Motivar os servidores e o público externo para a doação de sangue é imprescindível para ajudar a atender a demanda, principalmente, pelo perfil do hospital, pois os nossos pacientes são os que mais fazem transfusão, tanto de hemácias como de plaquetas”, afirmou.
A captação de doações ocorreu no primeiro andar do setor de radioterapia. No local, decorado com bandeirinhas, balões e a barraca da doação, o visitante entra em uma sala exclusiva para a realização do procedimento. Durante o acolhimento e triagem dos voluntários, o público se entrete com apresentações da Banda de Carimbó Caruana e com o grupo de dança Obaluaê.
“Eu acredito muito na oração de São Francisco que diz que ‘é dando que se recebe’. Às vezes, nós ficamos procurando motivos para se alegrar e levar a vida em frente, mas, nada é melhor do que preencher esse vazio ajudando o próximo. Viemos para que a nossa música possa relaxar e distrair durante a doação”, ressaltou Rafael Du Vale, vocalista do grupo Caruana.
A servidora do HOL e dançarina do grupo Obaluaê, Rosana Araújo, acredita que doar sangue é uma dádiva da vida. “Quando a gente começa a entender o quanto as pessoas têm essa necessidade, tanto em tratamentos como em cirurgias, abraçamos a causa, pois o sangue representa a vida. Trazer nosso trabalho com a dança aqui contribui para convidar o público a participar da campanha, seja como doador ou trazendo parentes e amigos próximos”, contou a servidora.
Além das campanhas feitas no HOL, os hemocentros também fornecem estoque de sangue para o hospital, basta dirigir-se à unidade mais próxima da sua residência e informar o código 161. “Peço que as pessoas façam a doação de sangue aos pacientes do Ophir Loyola. Nós dependemos da solidariedade e o ato de cidadania de todos. O sangue doado pode ser separado em hemácias, plaquetas ou plasma, portanto beneficia diversos pacientes, conforme a carência de cada um. A necessidade de doação é grande para assistir os internados, em tratamento quimioterápico, cirúrgico ou ambulatorial”, ressaltou a médica Lívia Ramalho, hematologista e coordenadora da Agência Transfusional do HOL.
O entregador Leidson Tavares passou em frente ao Ophir Loyola quando soube da campanha e decidiu doar. É a segunda vez que realiza a doação. “Doar sangue é um ato de humanidade, eu creio que todo mundo que tiver condições de realizar a doação, deveria fazer isso pelo menos uma vez na vida. É algo muito humano que nós podemos fazer pelo outro mesmo sem conhecer a pessoa, eu sei que estou ajudando e salvando uma vida”, afirmou.
A enfermeira do Hospital O Dia - Urgência Hematológica, Rosana Moreira, é doadora frequente nas campanhas e caravanas do HOL. “Eu trabalho em uma urgência de hematologia e vejo a importância da doação e a necessidade dos nossos pacientes. Diariamente, nós fazemos várias transfusões, por isso, a importância das campanhas trimestrais”, explicou.
Quando o voluntário chega ao hospital, ele passa por um cadastro e segue para a pré-triagem, onde é aferida a pressão arterial, medida a altura, peso, frequência cardíaca e temperatura. Depois é feita a triagem hematológica, seguida por triagem clínica, onde o doador passa por uma entrevista com um profissional de saúde para falar sobre estilo de vida, condição atual de saúde e uso de medicamentos. A partir dessa análise, será identificado se o voluntário está ou não apto a realizar a doação.
Os critérios essenciais para doar são: ter entre 16 e 69 anos e pesar acima de 50 kg; estar bem de saúde e alimentado antes do procedimento, e apresentar documento original com foto (RG, CNH). Menores devem estar acompanhados de um responsável.
Quem teve Covid-19 pode doar, mas precisa estar assintomático há 10 dias. Os que mantiveram contato com pessoas que tiveram a doença devem esperar sete dias após o último contato. Quem recebeu a vacina CoronaVac deve esperar 48 horas para doação, após cada dose. Para as demais vacinas é preciso aguardar sete dias após cada aplicação.
Texto de Viviane Nogueira / Ascom Hospital Ophir Loyola
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