Moro é acusado da prática de Caixa 2 na disputa que o elegeu como senador, em ação que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR)
Brasil – As apostas em Brasília são unânimes: o senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) pode perder o mandato até o final deste ano. O nome de Moro está na “reta” após a cassação do mandato de Deltan Dallagnol nessa terça (16), que conforme o TSE, “agiu para fraudar a lei, uma vez que praticou, de forma capciosa e deliberada, uma série de atos” para não ficar inelegível. Adversários do ex-juiz avaliam o ato como uma sinalização de que o caso Moro terá o mesmo desfecho, segundo informações do Estadão.
Moro é acusado da prática de Caixa 2 na disputa que o elegeu como senador, em ação que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O processo é movido pelo Partido Liberal (PL).
Conforme o PL, o caso é semelhante ao da ex-senadora Selma Arruda, que teve o mandato cassado, em 2020, por gastos sem a devida contabilização, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Ex-juíza, ela ganhou o apelido “Moro de saias” pelo histórico de decisões em casos de corrupção em Mato Grosso.
Para o partido, Moro “abusou de poder econômico” gerou um “desequilíbrio” na disputa eleitoral ao Senado que “fulminou a legitimidade do resultado”.
A cassação do mandato de Deltan Dallagnol foi vista pelos adversários políticos do ex-juiz como uma sinalização de que ele pode ser o “próximo da lista”, e entre a torcida para que isso aconteça, estão os atingidos pelas operações da Lava Jato.
“Deltan pode trabalhar no gabinete do Moro. Terá uns seis meses de emprego até a cassação do colega”, provocou o ex-deputado Eduardo Cunha, preso e condenado pela Lava Jato.
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