No meio do que sobrou do lixo, frascos e ampolas de medicamentos que não queimaram com as chamas. Quem registrou a cena se incomoda, e mostra a quantidade de embalagens de remédios: pomadas, xaropes, frascos com soro, injetáveis e muitas seringas.
O registro foi feito por um morador do bairro Babaulândia, em Porto de Moz, no sudoeste do Pará, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, o descarte aconteceu há cerca de 3 meses, logo após o lixão ser fechado.
A área não é mais utilizada pela prefeitura, que construiu um aterro em um terreno fora da área urbana, e instalou placas sinalizando a proibição do uso do terreno para descarte de resíduos, mas apesar dos avisos, muito lixo ainda vai parar no local, incluindo medicamentos.
Entramos em contato com a secretaria de Infraestrutura do município de Porto de Moz, Erilson Sousa, que por mensagens informou a nossa equipe que o município vai investigar o descarte irregular, que segundo o secretário, não foi feito pela secretaria de saúde. O município acredita que os medicamentos tenham sido descartados lá por farmácias, sem autorização da prefeitura, mas o caso será investigado.
De acordo com a Polícia Nacional de Resíduos Sólidos, até 2024 2,5 mil lixões precisam desaparecer, mas de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, sem apoio financeiro, o prazo deverá ser prorrogado mais uma vez. Porto de Moz já deu um passo importante no cumprimento da legislação ambiental e construiu o aterro sanitário.
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