A Polícia Civil do Pará realizou na manhã desta terça-feira (05), em Parauapebas, na região sudeste do Pará, a "Operação Insidiis", que cumpriu nove mandados de prisão contra pessoas acusadas de participarem de sete execuções em Parauapebas, nos meses de maio e setembro deste ano. As investigações indicam que os executores são membros de uma facção criminosa e que a motivação seria a disputa de território do tráfico de drogas com uma facção rival. Dois adolescente foram apreendidos.
Todos os envolvidos são suspeitos de integrar uma facção criminosa, que atua no tráfico de drogas e disputa o território de venda na cidade com outra facção. Durante as buscas foram encontradas drogas e armas, comprovando a disputa por territórios demonstrada nas investigações. A PC-PA apreendeu também aparelhos telefônicos e outros objetos relacionados aos crimes.
Das sete vítimas, cinco foram executadas com requintes de crueldade no dia 15 de setembro deste ano, sendo quatro homens e uma mulher. Seus corpos foram encontrados em uma área de mata do bairro Vila Nova, em Parauapebas. Todos foram esgorjados, ou seja, tiveram as gargantas cortadas. Ainda de acordo com a polícia, câmeras de segurança registraram o momento em que as cinco vítimas entraram em uma caminhonete S10 prata, na madrugada de segunda-feira (13), por volta das 4h, no bairro Liberdade. Esta foi a última vez que foram vistos com vida.
Celeridade
A PC-PA instaurou dois inquéritos, que foram conduzidos por equipes da Divisão de Homicídios (DH) da 21ª Seccional de Parauapebas e Belém.
“A operação foi executada após um intenso trabalho de inteligência e investigação da Polícia Civil, o qual possibilitou obter, com bastante agilidade, a localização dos suspeitos, para dar cumprimento aos mandados de prisão. É um duro golpe contra a criminalidade no município de Parauapebas, e isso demonstra que o Estado está fazendo a sua parte, ao dar a resposta à sociedade em tempo célere", pontuou o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, que coordenou a operação, em Marabá.
As investigações da Polícia Civil indicam que duas das cinco vítimas vítimas fazem parte de uma facção criminosa denominada Comando Vermelho, sendo que um deles tem parentesco com um homem que integra o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em relação às duas primeiras mortes, que ocorreram no mês de maio, a PC-PA já havia cumprido, em junho, três mandados de prisão temporária, que posteriormente foram convertidas em preventivas. Dois homens foram presos e um dos suspeitos tentou fugir para fora do país com auxílio da facção criminosa e foi preso no Tocantins.
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