“Estamos com o estoque muito baixo de bolsas de sangue. Para que as crianças e adolescentes continuem lutando pela vida e contra o câncer, contamos com o nobre sentimento de solidariedade da população”, informa o coordenador da Agência Transfusional do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, Márcio Moraes.
A unidade, que é referência no Norte do País para atendimento oncopediátrico, realizará no dia 19 de novembro, próxima sexta-feira, uma Campanha de Doação de Sangue e Cadastro de Medula Óssea, em parceria com a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa).
Desde 2016, o Hospital Oncológico desenvolve a campanha de incentivo à doação com o tema “Quando você doa sangue, a brincadeira continua”. Este ano, a iniciativa conta com a presença da Unidade Móvel do Hemopa, que estará em frente ao Hospital Oncológico Infantil, e receberá os doadores das 8 às 16 h.
O Hospital Oncológico Infantil é uma unidade de referência no diagnóstico e tratamento especializado de câncer infantojuvenil. Prestando atendimento 100% gratuito, via Sistema Único de Saúde (SUS), integra a rede de saúde pública do Governo do Pará, e é administrado pela entidade filantrópica Pró-Saúde.
Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas 1,8% da população brasileira doa sangue. Segundo o órgão federal, o ideal seria que esse índice subisse para, pelo menos, 3%. Com apenas uma doação de sangue é possível beneficiar de três a quatro pessoas, já que o sangue doado é dividido em diferentes componentes (hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado).
Mais doações- Para a enfermeira Isis Souza, da Agência Transfusional do “Oncológico Infantil”, a crise sanitária provocada pela Covid-19 influenciou na baixa do estoque de bolsas de sangue. “O período pandêmico interferiu diretamente no número de doações. Para a nossa realidade, aqui no Hospital, o ideal seria em média 200 doações de sangue por mês. Isto garantiria certo conforto na nossa rotina de trabalho transfusional”, afirmou a enfermeira.
“A solidariedade da população é essencial para ajudar a salvar vidas, visto que o sangue não tem nenhum substituto”, reforçou Márcio Moraes.
Medula Óssea- Os doadores que farão a coleta de sangue terão seus dados pessoais cadastrados pela Fundação Hemopa. O banco de dados do Estado do Pará conta com 136 mil voluntários, e é integrado a bases de informações do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
A pessoa cadastrada no Redome pode ser voluntária para doação de medula óssea, caso identificada a compatibilidade com algum paciente que esteja necessitando do transplante.
Quem pode doar- Para doar sangue basta ter boa saúde, idade entre 16 e 69 anos (menores devem estar acompanhados do responsável legal) e pesar mais de 50 kg. É indispensável a apresentação de documentos originais com foto (RG, CNH ou Carteira Profissional).
Cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas, pois o sangue doado é fracionado nos hemocomponentes que são usados continuamente no tratamento oncológico, atuando em funções como a recomposição do sistema de defesa do organismo, fragilizado pelo tratamento quimioterápico.
Quem não puder comparecer à Unidade Móvel no dia 19 de novembro pode se dirigir à sede da Fundação Hemopa e informar que a doação do sangue é para o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, cujo código é 1766. Os horários de atendimento estão disponíveis no site da instituição.
Serviço:Campanha de doação de sangue e cadastro de medula óssea promovida pelo Hospital Oncológico Infantil e Fundação Hemopa. Sexta-feira, 19 de novembro, das 8 às 16 h, no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, na Travessa 14 de Março, nº 1394, esquina com a Avenida Magalhães Barata, Bairro São Brás.
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