Onde está Jumar Barros? A pergunta há cinco meses segue sem resposta. O jovem de 21 anos batia, torturava e mantinha as vítimas em cárcere privado.
As denúncias contra Jumar surgiram no início de julho deste ano. Foi uma jovem de 18 anos que buscou ajuda ao conseguir escapar do torturador. A vítima teve o corpo todo marcado com faca quente. "Ele dizia que tinha que fazer aquilo comigo", disse em entrevista à Record TV.
Ainda de acordo com a jovem, Jumar sentia prazer ao vê-la suplicar pelo fim das torturas que duravam horas e eram praticadas na casa em que ela morava com o agressor. "Não tinha como pedir ajuda. Ninguém ia ouvir".
O caso foi em Porto de Moz, interior do Pará. A casinha ficava em uma comunidade cercada por mata e rio. A resistência mais próxima era um barraco a um quilômetro de distância. Os gritos não adiantariam.
Depois de o caso vir à tona, outro e um terceiro apareceram. Jumar agia sempre da mesma forma. Conquistava as vítimas - uma ele conheceu na igreja - e depois as torturava. Uma das jovens foi queimada nas partes íntimas.
Ao relatar o caso, a vítima disse que Jumar fazia questão de deixar claro o motivo de tanta brutalidade. "Ele me queimou nas partes íntimas e dizia que era pra que todo homem que ficasse comigo soubesse que ele já tinha sido 'dono', que já tinha ficado comigo".
Contra Jumar Barros pesam crimes de tortura psicológica, agressão física e ameaça. Cinco meses depois de virar notícia, o agressor continua foragido.
Em busca incessante pelo torturador, a polícia chegou a ficar cara a cara com o acusado que protagonizou situação parecida com a de Lázaro, do famoso caso de perseguição por um assassino em série.
Assim como o assassino, Jumar, que passou a ser chamado de "Lázaro do Xingu", trocou tiros com os agentes de segurança e conseguiu escapar ao pular em um rio da comunidade Jamari, em Porto de Moz.
O Redação News fez contato com o advogado de Jumar Barros. "Eu não sei do paradeiro dele. Nunca nos vimos e a família também disse que não sabe dele", explicou por telefone o advogado.
O delegado de Porto de Moz, responsável pelas investigações, não se manifesta sobre o caso. Também não há novas pistas sobre o paradeiro de Jumar.
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