Familiares dos dois irmãos que morreram após um grave acidente na noite do último domingo (12), fizeram uma manifestação pacífica em frente da delegacia de Polícia Civil de Altamira, sudoeste do Pará, para cobrar um posicionamento das autoridades.
"Nós viemos aqui para a delegacia para cobrar porque a justiça tem que ser feita. Eram duas crianças, com sonhos incríveis pela frente, crianças inocentes, então a gente tem que pedir justiça. Isso foi por causa de imprudência, bebida alcoólica, um péssimo exemplo, porque o rapaz trabalhava no Demutran, então que exemplo ele tá dando?.", disse Marcone Pedro dos Santos, tio das vítimas.
Segundo a Polícia Civil, o condutor do carro envolvido na colisão fatal foi identificado como Luiz Oliveira, que é agente de trânsito, mas estava de folga do trabalho e voltava de um balneário quando tudo aconteceu. Ele se apresentou na Seccional acompanhado de um advogado e após prestar depoimento foi liberado.
O Departamento Municipal de Trânsito se manifestou sobre o caso envolvendo um de seus agentes.
"A gente sente como órgão, como pessoa, como ser humano, como pai. Realmente foi comprovado que é um funcionário do departamento, inclusive uma pessoa que está aqui a bastante tempo, uma pessoa que até o momento nunca teve um desvio de conduta. Apesar de ser uma pessoa que a gente tem um grande respeito e que está passando por um difícil, mas não estou eximindo a responsabilidade dele dessa situação. Ele tem que responder, mas também ainda não sei o que aconteceu ali naquele momento.", pontou Manoel Filho, diretor do Demutran.
A mãe das vítimas bastante emocionada segue cobrando explicações sobre o acidente que matou a filha de 21 anos e o filho caçula de 6. Os irmãos retornavam de uma confraternização na casa do patrão de Kelme quando carro e moto se chocaram. O condutor fugiu do local logo após a colisão. Dona Elenilda diz que quer justiça ao caso.
"Agora ele está ai solto. Talvez ele nem pague por nada, porque de uma forma ou de outra ele é autoridade. Mas eu quero que tenha justiça, que não fique impune porque meu filha e meu filho eram duas crianças.", desabafou Elenilda Santos, mãe.
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