O brasil registrou 56.098 estupros de mulheres ao longo de 2021, de acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública no último dia 07 de março, e ainda de acordo com o relatório esse dado é 3,7% maior que o registrado em 2020.
Os dados foram coletados nos boletins de ocorrência das Polícias Civis das 27 unidades da federação e revelam que durante a pandemia, que equivale ao período de março de 2020 a dezembro de 2021, houve um aumento significativo dos casos de violência sexual contra meninas e mulheres. Ao todo, foram identificados 100.398 registros.
Divulgados na véspera do dia internacional da mulher, esses dados mostram o quanto as políticas de defesa da mulher e das meninas (que são ainda mais vulneráveis) são frágeis ou inexistem.
No Pará, segundo dados do Portal da Transparência para Segurança pública, em 2020 foram registrados 3.298 casos de estupros, em 2021 foram 3.705, 35, segundo a secretaria de segurança pública, só na região do Xingu, e 13 em Altamira. Os números alarmantes ainda podem esconder subnotificação. Em mais da metade das cidades do estado não há delegacias da mulher, o que quer dizer que em caso de estupro a vítima precisa procurar a delegacia convencional.
(Inteligência Artificial Rápida e Anônima), criada em 2020 e que recebeu só no primeiro mês de funcionamento, mais de 5 mil ligações. Além disso, ainda há a Delegacia Virtual que funciona 24h por dia, inclusive aos finais de semana.
Esse visual intimidador das delegacias pode afastar as vítimas, que já estão fragilizadas. Para isso a secretaria de segurança criou outros canais de denúncias, como o Disque-Denúncia, por meio do atendimento convencional pelo número 181, ou ainda via Whatsapp por meio do canal IARA
Apesar disso muitos casos precisam do empenho das autoridades, e até de flagrantes para sejam registrados. Um exemplo aconteceu em Altamira na véspera do dia internacional da mulher, em que uma jovem foi violentada em via pública, e o caso só chegou às autoridades porque uma pessoa registrou tudo e o vídeo teve uma enorme repercussão na internet.
Assim que tomou conhecimento do caso a polícia civil iniciou uma investigação, e conseguiu identificar a vítima. A jovem está recebendo acompanhamento adequado, e o homem sendo procurado. Em qualquer situação de violência, assédio ou intimidação a orientação é denunciar.
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