Vocalista do Grupo Molejo, Anderson Leonardo, morre aos 51 anos

O cenário musical brasileiro perdeu uma de suas vozes marcantes nesta sexta-feira (26), com o falecimento de Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo. Aos 51 anos, o cantor lutava contra um câncer inguinal diagnosticado em 2022. A triste notícia foi confirmada pela conta oficial da banda no Instagram.

Anderson estava hospitalizado desde 24 de março, travando uma batalha contra a doença. Esta não foi a primeira vez que o artista enfrentou internações devido ao câncer. Em 2022, ele foi diagnosticado com um tipo raro da doença, afetando o pênis e o ânus, o que o levou a permanecer internado por 21 dias no início de 2024, para controle da dor e tratamento de imunoterapia. Em setembro de 2023, enfrentou uma embolia pulmonar.

O legado de Anderson Leonardo vai além de sua luta contra a doença. Nascido no Méier, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, ele se tornou uma figura icônica do pagode brasileiro, ganhando reconhecimento como vocalista do Grupo Molejo. Ao lado de Andrezinho, Claumirzinho, Lúcio, Robson e Jimmy, Anderson embalou muitas festas com sucessos que se tornaram verdadeiros hinos nos anos 90.

Além de sua contribuição para a música, Anderson deixa uma esposa e quatro filhos: Leozinho Bradock, Alissa, Rafael Phelipe e Alice. Sua partida deixa uma lacuna no coração de fãs e admiradores, que lembrarão com carinho de sua voz única e de sua energia contagiante nos palcos.

O QUE É CÂNCER INGUINAL?

O câncer inguinal refere-se a qualquer tipo de câncer que se desenvolve na área da virilha, conhecida como região inguinal. Isso pode incluir cânceres que se originam nos linfonodos inguinais (linfoma inguinal), nos tecidos moles da região ou até mesmo metástases de cânceres que se originam em outras partes do corpo e se espalham para os linfonodos inguinais. O câncer inguinal pode ser diagnosticado por meio de exames como biópsia de linfonodos, exames de imagem (como tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e outros testes específicos dependendo do tipo de câncer suspeito. O tratamento varia dependendo do tipo e estágio do câncer, mas pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou terapia-alvo.